Pesquisadores baianos criam cirurgia inédita que aumenta em até 4 cm o pênis

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Cientistas brasileiros da Universidade Federal da Bahia (UFBA) criaram uma técnica capaz de reconstruir ou aumentar o pênis em até 4 cm. O tratamento, de acordo com matéria divulgada pelo jornal O Globo, é indicado para casos de micropênis, amputação do órgão por traumas ou doenças, como o câncer peniano e até mesmo para homens trans.

A mobilização total dos corpos cavernosos (TCM), como é chamada, confere de 3 a 4 cm a mais do que as cirurgias convencionais.

O procedimento inovador se difere dos processos já existentes, e até mesmo das próteses, pois além de não precisar de enxerto, ou seja, retirar a gordura de outras áreas do corpo, como coxas e antebraço, para recriar o órgão genital, ele devolve todas as funções do pênis, o que inclui a ereção.  

Internamente, o órgão tem basicamente três cilindros: no meio há o corpo esponjoso, envolvendo e protegendo a uretra, por onde passa a urina. Nos extremos há dois cilindros chamados de corpos cavernosos. Quando há o estímulo sexual, esses vasos se enchem de sangue fazendo com que o pênis fique ereto.

Metade dos corpos cavernosos do organismo fica no pênis — o resto fica no períneo, área entre o saco escrotal e o ânus. Tentativas anteriores de reutilizar essa parte do corpo haviam falhado, pois os corpos cavernosos têm uma artéria cada e ficam presos ao osso da bacia, soltar o tecido dessa área pode danificar os vasos sanguíneos o que poderia resultar na perda do corpo cavernoso e, consequentemente, na ereção.
 
O novo estudo, publicado no periódico científico International Brazilian Journal of Urology e que será apresentado na próxima terça-feira, dia 6, no Congresso Paulista de Urologia, é justamente cortar um pedaço do osso junto, ao invés de descolá-lo do corpo cavernoso, e amarrá-lo um ponto mais acima, no osso do púbis.
 
“Metade do pênis não está exposto, ele fica internamente dentro do períneo. Nós retiramos a fixação dos corpos cavernosos do pênis do osso da bacia e o fixamos no osso do púbis. É necessário que ele tenha essa fixação com algo mais duro e rígido para, na hora da penetração, ele não ser empurrado para as vias internas novamente”, explicou o urologista Ubirajara Barroso Junior, autor do estudo e coordenador da disciplina de urologia da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
 
Até o momento foram realizadas seis cirurgias no Brasil para a reconstrução do pênis — todas feitas de maneira gratuita em hospitais públicos — um dos agraciados pela técnica foi o professor Reginaldo Lima, 54 anos. Ele foi vítima de um câncer agressivo no órgão genital em 2019.

"A doença se alimentou de praticamente 7 centímetros do meu pênis. Ficou só um toquinho. Tinha acabado a minha vida. Eu tinha vergonha, não fazia relações sexuais, além dos sangramentos severos no momento do sexo. Se eu não tivesse feito essa reconstrução, eu estaria louco em um hospício agora", diz Lima que precisou passar por duas cirurgias, além de sessões de quimioterapia para eliminar a doença.
 
 
Com informações de O Globo.

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