11 Jul 2022
Pesquisa aponta dívidas acumuladas e inflação como principais desafios para a retomada do setor de bares e restaurantes

Para 75% dos que tiveram prejuízo, o aumento do preço dos insumos, como alimentos e bebidas, foi o principal fator que influenciou no resultado negativo. Entre os outros principais fatores citados estão queda nas vendas, redução no número de clientes, dívidas com empréstimos bancários e dívidas com impostos.
No geral, 45% dos respondentes dizem ter feito reajustes, mas abaixo da inflação oficial. Outros 29% não conseguiram reajustar o cardápio. 23% reajustaram somente para acompanhar a inflação e somente 3% dizem ter feito reajuste acima da inflação.
“Se juntarmos quem não reajustou com quem fez reajustes abaixo da inflação, são 3 em cada 4 estabelecimentos que não conseguem repassar o aumento dos custos. Isso explica por que, em nosso setor, a inflação dos últimos 12 meses tem sido praticamente a metade da inflação média no país. Por um lado, isso torna mais atrativo comer fora de casa. Mas coloca em risco milhares de negócios que lutam para se recuperar dos prejuízos acumulados”, diz o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.
Além da inflação, as dívidas também impactaram no resultado dos estabelecimentos. A grande maioria tem dívidas bancárias. E um número chama a atenção: 13,6% do custo mensal, em média, estão comprometidos com o pagamento dos empréstimos. Dos que tomaram dinheiro, 67% usaram linhas regulares dos bancos e 59% fizeram empréstimo via Pronampe; muitos negócios usaram os dois recursos. Dos que pegaram empréstimo de linhas regulares, 26% têm parcelas em atraso, contra 13% que estão em atraso com parcelas do Pronampe.