Orquestra formada por jovens brasileiros da periferia se apresenta no Vaticano

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Formada por jovens da periferia de Recife, a Orquestra Criança Cidadã se apresentou, nesta sexta-feira (3), no Vaticano, durante a realização do Concerto para a Paz. Com uma missão pacifista, o grupo formado por 25 jovens entre 14 e 21 anos de idade se apresentou ao lado de músicos da Itália e de regiões que estão em conflito, como Rússia e Ucrânia. O objetivo do concerto é sensibilizar o mundo pelo fim das guerras.

​Ao todo serão duas apresentações. A primeira foi nesta sexta (3), no Altar-mor da Basílica de São Pedro. A segunda está marcada para este sábado (4), na Sala Paulo IV, e contará com a presença do Papa Francisco.

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A Orquestra Criança Cidadã é formada por músicos que residem em Coque, bairro de Recife com um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano. Parte deles também reside em Camela, um distrito da cidade de Ipojuca, na região metropolitana. O projeto surgiu para fornecer uma oportunidade às crianças e jovens das regiões periféricas por meio da música. Na orquestra, esses jovens recebem não somente aulas de instrumentos de cordas, sopros e percussão, mas também teoria musical, canto coral e apoio pedagógico, alimentação e atendimento psicológico, médico e odontológico.

É um projeto de inclusão social e cidadania através da música. É destinado a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social de localidades pobres da região metropolitana do Recife. Foi criada em 2006 e é mantida por patrocínio de empresas públicas e privadas”, explicou José Renato Accioly, coordenador musical e regente da orquestra.

Repertório

Para as duas apresentações no Concerto para a Paz, no Vaticano, foram escolhidas músicas do russo Sergei Rachmaninov, do ucraniano Mykola Leontovich, do italiano Antonio Vivaldi e do argentino Astor Piazzolla, em tributo ao Papa.

“O repertório inclui obras clássicas de compositores dos países em guerra, além de 'Aquarela do Brasil', 'Três Peças Nordestinas', o 'Prelúdio da Bachianas 4', de Villa-Lobos, e, em tributo ao Papa, 'Por Una Cabeza', de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera (...), a gente escolheu um repertório que tenha a atmosfera de dois sentimentos bastante importantes, o perdão e a esperança”, explica o regente da orquestra.

* Por Luana Veiga. Foto: Carlos Eduardo Amaral/OCC/Divulgação.

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