10 Jul 2023
Ópera inspirada no 2 de Julho tem trilha sonora original assinada por Gerônimo Santana

Com texto de Cleise Mendes, sob a direção de Paulo Dourado, a ópera terá a trilha sonora original assinada por Gerônimo Santana, que também conduzirá sua orquestra ao vivo durante as duas noites. Para a encenação, o músico revelou ter inserido diversos argumentos musicais. “É como se a gente fosse – a gente é – a trilha sonora da encenação, da interpretação, dos personagens históricos, da história do 2 de Julho. E eu vou colocar algumas coisas... Claro que o afoxé tem que estar presente, porque é um ritmo que está envolvido no período, muito mais do que qualquer outra coisa", disse em entrevista ao Alô Alô Bahia.
No elenco, atores de prestígio do teatro baiano darão vida aos heróis da liberdade. Como narrador estará Castro Alves. O poeta será interpretado por Daniel Farias. Maria Felipa será vivida por Bárbara Borgga, Márcia Andrade representará Joana Angélica e Carlos Betão será Dom João e Madeira de Mello. Dançarinos coreografados por Jorge Silva também vão imprimir o ritmo do musical.
"O 2 de Julho tem um caráter extremamente singular, que nem sempre é muito percebido e interpretado pela maioria das pessoas. É uma festa que celebra a espiritualidade junto com a política, a memória e a arte. A arte é o fundamento que engloba todos esses aspectos presentes na festa do 2 de Julho, uma história fascinante, complexa e rica, e que é a cara da nossa gente", argumentou Dourado, que defende a presença do teatro em celebrações populares, como o dia da independência baiana.
Para Cleise Mendes, autora do livro em que foi baseada a montagem, a luta pela independência do Brasil abrangia a luta dos negros escravizados pela libertação. "O título do texto, '2 de Julho – A Carta de Alforria', já dá uma pista do recorte dado à peça", antecipou a dramaturga, que além dos personagens já conhecidos, destacou os combatentes anônimos. "Foram tropas de gente cansada e faminta, que deram a vida pela nossa independência. Todos lutaram e tiveram parte nessa vitória final", explicou.

A ópera já foi apresentada uma única vez em 2013, em um palco montado no Terreiro de Jesus. À época, ela também fez parte da programação de ações de celebração dos então 190 anos da independência da Bahia.
O espetáculo é a mais recente obra incorporada ao Projeto Teatros do Tempo, comandado pelo ator e produtor Dody Só. A companhia conta, entre as suas produções, com sucessos de público e crítica como “Búzios – A Conspiração dos Alfaiates” (1992), “Canudos, A Guerra do Sem-Fim” (1993), “Lídia de Oxum – Uma Ópera Negra” (1995) e “A Paixão de Cristo” (2011).
Serviço
Espetáculo musical Dois de Julho – A Ópera da Independência
Data – 21 e 22 de julho (sexta e sábado)
Horário – 19h
Local – Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador
Classificação livre
Entrada franca
* Por Gabriela Cruz. Fotos: divulgação.
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