‘Olhar para frente com energia limpa, ou voltar à época do querosene?’, questiona especialista em renováveis

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Em 16 de setembro é celebrado o Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio, um assunto relevante para todos os segmentos da sociedade, mas sobretudo para o setor energético, que é o principal responsável pela emissão de gás carbônico na atmosfera. Esse é um dos motivos da urgência para a implementação de medidas sustentáveis, com investimentos em energia limpa no Brasil.

O advogado e mestre em Regulação da Indústria de Energia, Rafael Cavalcanti, que também é CEO da Quinto Energy, considerada uma das principais empresas desenvolvedoras de energia renovável do país, chama a atenção para a importância da sociedade incorporar a pauta da sustentabilidade e começar a demandar medidas estratégicas para o assunto. 

“O poder público se baseia de acordo com a vontade do povo. Quando a sociedade estiver, de fato, decidida a utilizar energia elétrica a partir de fontes limpas e renováveis, sem impacto no meio ambiente, aí sim as coisas mudarão para melhor”. 

Rafael ratifica que o caminho é através da energia eólica e solar, que são fontes inesgotáveis, gratuitas, não lançam gases tóxicos na atmosfera e, por essa razão não influencia no aquecimento global e não causam impactos no ecossistema, como ocorre com as hidrelétricas, que pode até ser chamada de renovável, mas não é sustentável porque causam alagamentos e compromete a fauna e a flora. 

“É por isso que a energia solar e eólica é a alternativa energética mais promissora para resolver a nossa dependência dos combustíveis fósseis e hidrelétricas”, comenta Cavalcanti. 

O especialista considera que seria uma inversão de valores o país com um potencial de vento e de sol como o Brasil retroceder no uso de combustível fóssil, onde todos já são conscientes sobre a necessidade de termos uma vida sustentável. 

“A gente vê avanços a exemplo da fabricação de veículos híbridos, ao mesmo tempo que assiste à ampliação do uso de energia através da queima de óleo diesel. É como se voltássemos no tempo em que usávamos candieiro de querosene”, compara, se referindo ao fato do Brasil estar usando usinas termelétricas a base de diesel, que são altamente poluentes, de custo elevado e impacta na conta de luz do contribuinte. 

Mais de 70% do dióxido de carbono lançado na camada de ozônio vem do setor energético, causando alterações significativas e, na maior parte das vezes, irreversíveis, comprometendo o meio ambiente e a saúde da população. São danos visíveis em curto prazo e de efeito cumulativo, ou seja, podem ser sentidos por muitas gerações.

Contudo, Rafael Cavalcanti enxerga um horizonte de mudanças de comportamento e aposta na Bahia como um vetor importante para consolidação dessa transição energética que o país precisa. 

“A Bahia se consolida no topo do ranking do setor renovável no país e nós temos a satisfação de fazer parte desse cenário. E o caminho para o futuro do Brasil está em optarmos por energia através de fontes limpas e renováveis como a eólica e solar, que são saudáveis para o ecossistema, gera emprego, transforma economicamente a vida das cidades e contribuem para o cenário climático defendido no mundo inteiro”, finaliza o empresário.

Ele destaca ainda o cenário de crescimento do setor de energia renovável na Bahia, estado onde a sua empresa escolheu para desenvolver os projetos de implantação de Complexos Híbridos, que conciliam tanto a energia eólica, quanto a solar no mesmo empreendimento. 

Rafael explica que todos os projetos da Quinto Energy estão sendo desenvolvidos em solo baiano, e são todos eles projetos de grande porte, de alta performance. Para se ter uma ideia, os dois maiores complexos em fase de desenvolvimento de todo o país são da Quinto. 

“Quando a gente escolhe a Bahia para desenvolver os projetos, a gente tem a garantia de que todo o investimento ficará aqui na Bahia durante todas as fases do complexo de energia, desde o início, que é a nossa fase de desenvolvimento, até a construção do Parque e depois na fase que ele entra em operação”, explica.

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