28 Sep 2022
Oito cantoras da nova música brasileira se apresentam no Festival Sangue Novo

A diversidade sempre foi um dos pontos orientadores do festival desde sua primeira edição, em 2015, trazendo para o público soteropolitano a mescla entre artistas locais e nomes emergentes na cena nacional. Sob a curadoria de Fernanda Bezerra e da Maré Produções, a primeira edição pós-pandemia ganha protagonismo feminino, trazendo representatividade com cantoras que mesclam diferentes ritmos e exaltam a experiência da mulher em sua vida afetiva, subjetiva e social.
Representantes baianas no festival, Melly, Rachel Reis, Sued Nunes e Luedji Luna trazem em suas canções estilos musicais como R&B, MPB, soul, arrocha, pagode, jazz e blues. De fora, os talentos das mineiras Marina Sena e Urias, da paulista MC Tha e da carioca Letrux somaram pop, funk e alternativo. Em suas letras, essas cantoras exploram temáticas como religiosidade, ancestralidade, além de lutas raciais e questões pró-comunidade lgbtqia +. Com essas atrações, o Festival Sangue Novo busca diminuir o abismo entre participações femininas e masculinas no mercado musical nacional, que costuma priorizar homens no line-up. Desta maneira, o evento colabora ao conferir visibilidade às artistas e suas pautas neste meio da indústria fonográfica.
O Selo IGUAL é uma iniciativa da Women’s Music Event (WME) que tem como objetivo gerar equidade de gênero nos line-ups de festas, festivais, clubes e casas de shows pelo país. Na certificação, eventos musicais são incentivados a ter pelo menos metade da equipe composta por mulheres - cis, não-binárias ou trans - seja na área artística e produção.