'O importante é que uma orquestra baiana virou assunto nacional', diz Carlos Prazeres sobre polêmica da Osba

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O maestro Carlos Prazeres, regente da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) comentou na tarde desta sexta-feira (11), durante o evento Agenda Bahia, sobre a polêmica que envolve a mudança de gestão da orquestra, que implicaria sua saída do comando. Segundo ele, o que importa não é a disputa, mas o fato de que uma orquestra baiana está sendo assunto nacional. 

"Só de a orquestra ser assunto na cidade, nosso trabalho, eu creio que já é algo muito importante. A gente conseguir que uma sociedade se importe com uma orquestra sinfônica. Esse sempre foi meu conceito. A orquestra sinfônica de uma cidade tem que ser a representação da sua cidade", disse. 

A fala foi feita durante o painel sobre Economia Criativa, do qual também participaram o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho e a chef Tereza Paim. O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, foi o mediador. 
 
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A Osba é atualmente administrada pela Associação Amigos do TCA (ATCA), mas um novo edital previu a mudança de gestão para a IDSM. Atualmente, a ATCA aguarda resultado do recurso que contesta a decisão judicial. 

"Se a orquestra não gera na sociedade uma sensação de pertencimento, ela não participa da sociedade. Isso é o que acontece na música clássica hoje: concertos vazios. São plateias 75 plus, que são bem-vindos, mas são orquestras que não pensam no público do futuro. A gente precisa pensar no público do futuro e na transversalidade com a sociedade", acrescentou o maestro. 
 
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Prazeres ainda afirmou que seu maior objetivo hoje é levar a música clássica para as pessoas que ainda não a conhecem. "Essas pessoas precisam muito mais da gente do que Paris", pontuou. O maestro também falou sobre o projeto Osbrega, criticado por amantes mais conservadores da música clássica. 

"Quando a gente fez o tão criticado Osbrega, meu objetivo não era parar de tocar Beethoven e tocar Wando. Quando a gente fez, todo mundo cantava todas as músicas, estavam extasiados. Por que fazer Osbrega? Tem gente que vai falar que estou fazendo popularização da música clássica. Para mim, popularizar é levar a música clássica ao povo e ela vai através da orquestra", destacou.


Texto por: Carolina Cerqueira e Hilza Cordeiro. Fotos: Divulgação

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