O divórcio de R$ 4 bilhões: emir de Dubai recebe sentença recorde após espionar princesa

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A justiça do Reino Unido bateu recordes ao condenar o primeiro-ministro de Dubai, sheik Mohammed bin Rashid Al Maktoum, a pagar a sua ex-esposa e filhos 550 milhões de libras, equivalente a 725 milhões de dólares ou R$ 4,1 bilhões, na maior indenização por divórcio já concedida por um tribunal inglês. 

O juiz do caso ordenou que o governante de 72 anos pague 251,5 milhões de libras, cerca de 340 milhões de dólares, à sua sexta esposa, a princesa Haya Bint Al Hussein e 290 milhões de libras (385 milhões de dólares) para cobrir o sustento de seus dois filhos, de 9 e 14 anos, além de outros gastos – incluindo os de segurança – conforme acordo com a sentença. 

Segundo o veredito divulgado nesta terça-feira (20), o valor, que inclui dezenas de milhares de libras para férias ou gastos vinculados com animais domésticos, pode variar em função de diversos fatores, como em caso de uma reconciliação dos filhos com o pai.  

Em outubro, o Tribunal Superior entendeu que o emir de Dubai autorizou um ataque aos telefones de sua esposa e de seus advogados britânicos. Não foi provado que a ação estivesse vinculada à batalha legal no Reino Unido entre sua esposa e ele, que deseja o retorno dos dois filhos a Dubai. Porém, um volume “muito importante” de dados foi extraído do telefone da princesa, de quase 265 megabytes, incluindo horas de gravações de voz e 500 fotografias. 

O magistrado destacou que o soberano “assediou e intimidou a mãe (dos seus filhos) antes da sua viagem para a Inglaterra e a partir de sua chegada”, e que estava “disposto a tolerar que aqueles que agem em seu nome no Reino Unido o fizessem de maneira ilegal.”

Um porta-voz de Mohammed bin Rashid Al Maktoum declarou nesta terça que o soberano de Dubai “sempre se certificou de que os filhos estejam protegidos em suas necessidades”. 

“O tribunal anunciou agora sua decisão sobre o aspecto financeiro e ele não tem a intenção de falar mais”, disse o porta-voz, antes de acrescentar que o soberano “pede aos meios de comunicação que respeitem a vida privada de seus filhos e não interfiram em sua vida no Reino Unido“.

Em março de 2020, um tribunal da vara de família afirmou que o sheik havia “encomendado” e “orquestrado” o sequestro de dois de seus filhos, a princesa Shamsha e sua irmã Latifa, que ele tem com outra esposa. A princesa Latifa, que tentou fugir de Dubai sem sucesso em 2018, afirmou que era mantida como “refém” por seu pai. Com informações de agências internacionais.

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