Nordeste cresceu mais que Sul e Sudeste entre 2002 e 2022, aponta FGV

Com informações do Correio24Horas

Entre 2002 e 2022, o crescimento do Nordeste, na média, foi de 2,2% ao ano, contra 1,7%  do Sul e do Sudeste. A região tem um setor agropecuário pujante e que responde a 7,2% do valor adicionado total, no mesmo período.  

Apesar desse crescimento, todos os estados da região estão entre os dez menores níveis de PIB per capita do país. Para melhor entender esses números e contradições sobre a economia nordestina, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), irá implantar ainda neste primeiro semestre o Centro de Desenvolvimento do Nordeste, com sede em Fortaleza, no Ceará. 

O anúncio da iniciativa foi marcada pela apresentação, ontem (16), de um estudo sobre a região que indica, entre outras coisas, que passado o choque inicial provocado pela pandemia de covid-19, em 2020, a economia nordestina  mostrou crescimento nos anos seguintes, embora ainda aquém da média nacional.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste teria passado de um tombo de 4,1% em 2020, para crescimentos de 3,5% em 2021 e de 3,4% em 2022. Já o PIB brasileiro saiu de queda de 3,3% em 2020 para uma alta de 5,0% em 2021 e avanço de 2,9% em 2022.

Enquanto o Brasil cresceu, em média, 8,0% no biênio 2021-2022, a Região Nordeste avançou 7,0%, resultado superior apenas ao do Norte, que expandiu 6,1%, calculou o Ibre/FGV. Os demais avanços no biênio foram de 8,4% para o Sudeste; 8,2% para o Sul; e 8,6% para o Centro-Oeste.

"Com o objetivo de reduzir as enormes desigualdades socioeconômicas entre as regiões, é importante que se mude esse cenário, com o crescimento mais robusto da região. É necessário que sejam adotadas políticas públicas que potencializem a economia regional e consiga fazer com que a redução das disparidades com relação às demais regiões do país sejam minimizadas de forma mais rápida", defendeu o levantamento feito por Juliana Trece e Claudio Considera, pesquisadores do Ibre/FGV.

Fotos: Jade Queiroz/MTUR. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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