Nobel da Paz vai para ativista preso e organizações russa e ucraniana

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O ativista de Belarus Ales Bialiatski, a organização internacional russa pelos Direitos Humanos Memorial e a organização ucraniana Centro para as Liberdades Civis venceram o Nobel da Paz de 2022, anunciado nesta sexta-feira (7). De acordo com os organizadores, eles "representam a sociedade civil em seus países de origem".
 
Segundo o comitê do Prêmio Nobel, que fez o anúncio do Nobel da Paz no dia do aniversário de Vladimir Putin, "eles honram a visão de Alfred Nobel (criador do prêmio) sobre paz e convivência, uma visão tão necessária no mundo hoje".
 
"Este prêmio não é endereçado ao presidente Putin, nem pelo seu aniversário nem em qualquer outro sentido, exceto pelo de que seu governo, assim como o de Belarus, representa um governo autoritário que suprime ativistas de Direitos Humanos", declarou a organização.
 
Ales Bialiatski, um dos principais nomes da oposição ao atual presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, aliado de Vladimir Putin, está atualmente preso no país. Ele, que se dedica a promover a democracia e o desenvolvimento pacífico local, foi também um dos fundadores do movimento democrático que surgiu lá em meados da década de 1980.
 
"(O prêmio) não é apenas para ele (Bialiatski), mas para todos os prisioneiros políticos que temos atualmente em Belarus", declarou a integrante do comitê do Nobel Berit Reiss-Andersen, ao anunciar os vencedores.
 
O Prêmio Nobel da Paz, no valor de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4,7 milhões) será entregue em Oslo, na Noruega, em 10 de dezembro, data do aniversário da morte de Alfred Nobel, fundador dos prêmios.
 
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