Na reta final da exposição "Um Defeito de Cor", Muncab tem mais um dia de visitação gratuita

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Aclamada pelo público, a exposição "Um Defeito de Cor" segue em cartaz até o próximo dia 3 de março no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, no Centro Histórico de Salvador. Para esta reta final, o espaço ampliará os dias de gratuidade para o público interessado em prestigiar a mosta. Com isso, além de quarta-feira, o domingo também terá entrada gratuita.

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A exposição é resultado da parceria entre a Prefeitura de Salvador, a Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, com a concepção original do Museu de Arte do Rio de Janeiro. A mostra traz uma interpretação do romance literário “Um Defeito de Cor”, publicado pela primeira vez em 2006 pela escritora mineira Ana Maria Gonçalves. Inclusive, a própria autora faz parte da curadoria, ao lado de Ana Bonan e Marcelo Campos.

A premiada exposição reúne cerca de 370 obras de mais de 100 artistas do Brasil e do mundo e está dividida em 10 núcleos, cinco deles no térreo e cinco no primeiro andar. Esses núcleos foram inspirados nos 10 capítulos do livro.

A exposição fala do processo de escravização dos negros, das lutas e das resistências afro-diaspóricas nas Américas, do protagonismo feminino, da religiosidade e da África Contemporânea. No local, é possível apreciar peças raras de artistas baianos como Mestre Didi, José Adário dos Santos (Zé Diabo), J. Cunha, Valdete da Silva (Mãe Detinha) e Yêdamaria, uma das fundadoras do Muncab. Também fazem parte do acervo as fotografias do nigeriano Iké Udé e peças de outros artistas internacionais.

A primeira obra da exposição, Igbaiwá, leva o visitante a ter diversas reflexões. Feita em metalon e diversas cortinas de guias, miçangas vermelhas, formando o desenho de uma grande cabaça, que é comumente ligada ao útero e à criação gerada pela força feminina, a obra de Nádia Taquary e artífices colaboradoras leva o visitante da exposição a passar por um processo de renascimento, enquanto entra na grande cabaça, visto que se trata de uma obra interativa.
 
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Eu gosto muito do trabalho cuidadoso que a curadoria fez de trazer o protagonismo feminino, mulheres enquanto revolucionárias, enquanto mães. A exposição traz a mulher de uma forma muito ampla, no sentido de pensar sociedade, nas lutas, nas lutas contemporâneas, sobretudo, também nas mães. É algo que me chama muito a atenção”, conta a diretora do Muncab, Cintia Maria.
 

Funcionamento – Administrado pela Prefeitura, por meio da Secult, o Muncab funciona de terça a domingo, das 10h às 17h, na Rua das Vassouras, 25, Centro Histórico. A entrada custa R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada). Às quartas e domingos, a entrada é gratuita.

 


* Por Luana Veiga. Foto: Jefferson Peixoto/Secom.

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