Mutação de possível nova variante do coronavírus é identificada em Minas Gerais

Pesquisadores do laboratório do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Grupo Pardini identificaram uma possível nova variante do coronavírus em Belo Horizonte e na região metropolitana da capital mineira.

 Foram sequenciados 85 genomas de SARS-CoV-2 de amostras clínicas coletadas no estado e em dois deles foi identificado um conjunto único de 18 mutações ainda não descritas, caracterizando uma possível nova variante de SARS-CoV-2.

 Estudos genéticos demonstram que esses dois novos genomas, provavelmente oriundos da antiga linhagem B.1.1.28 circulante na primeira fase da pandemia na cidade, apresentam mutações em diversas regiões do genoma. Os resultados demonstraram ainda um aumento progressivo das variantes P1, P.2 e B.1.1.7 na região.

 "Os resultados da pesquisa requerem urgência de esforços de vigilância genômica na região metropolitana de BH e estado de Minas Gerais para a avaliação da situação destes novos variantes de SARS-CoV-2", diz a nota sobre a pesquisa divulgada pela universidade.

 Dos 85 genomas sequenciados, as seguintes linhagens foram encontradas: P.1 (30 amostras; 35,29%), P.2 (41 amostras; 48,23%), B.1.1.28 (8 amostras; 9,41%), B.1.1.7 (3 amostras; 3,53%), B.1.1.143 (1 amostra; 1,17%), B.1.235 (1 amostra; 1.17%) e B.1.1.94 (1 amostra; 1.17%). As variantes P.1, P.2 e B.1.1.7 possuem mutações críticas no gene codificante da proteína de espícula viral (S), envolvidas no aumento da transmissibilidade e no escape imunológico.

 As amostras investigadas foram coletadas entre 28 de outubro de 2020 e 15 de março de 2021. No caso desses dois novos genomas, eles estão em amostras coletadas nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2021 e não existem evidências de ligação epidemiológica entre ambas, como parentesco ou região residencial, o que reforça a plausibilidade de circulação desta nova possível variante.

 O sequenciamento teve colaboração do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Prefeitura de Belo Horizonte.

 

Fonte: Uol.

 

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