Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira oficializa inédita gestão feminina

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O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, localizado em Salvador, oficializa inédita gestão coletiva comandada por mulheres. A direção institucional fica a cargo da produtora cultural Cintia Maria, enquanto a gestão artística tem o comando da diretora audiovisual Jamile Coelho. Deixa a presidência da instituição o seu fundador, José Carlos Capinam.

A nova gestão planeja uma reestruturação para a reabertura gradativa do espaço para o público, além de investir em acervo, pesquisa, educação, programas de residências e no relacionamento com a comunidade museológica. O novo logotipo da organização também foi lançado, com referências dos símbolos adinkras.

"Como dizia a educadora baiana Makota Valdina, é preciso ser sujeito da história e não objeto. Sendo assim, vejo esse novo desafio como uma missão de honrar a trajetória dos nossos ancestrais. As matrizes africanas têm um papel fundamental na construção da identidade brasileira”, defende Cintia.
 
Espaço e acervo
 
Inaugurado em 2011, por Capinam, o Muncab tem um acervo com mais de 400 peças, que transitam pela arte contemporânea, erudita, popular e sacra. São pinturas, esculturas, móveis e documentos, entre outros objetos. O museu abriga trabalhos de notáveis artistas visuais pretos, entre eles esculturas do Mestre Didi (Salvador, 1917-2013), descendente da tradicional família Asipa, originária de Ketu, importante cidade do império Iorubá. Pinturas da gravurista mundialmente conhecida Yêdamaria (Salvador, 1932-2016) e outros nomes.

 
 

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