Missa pelos 32 anos de falecimento de Santa Dulce é marcada por emoção dos devotos

Com informações do Correio24Horas

Devotos e admiradores compareceram ao Santuário de Santa Dulce dos Pobres, no Largo de Roma, em Salvador, nesta quarta-feira (13), para homenagear os 32 anos de falecimento do Anjo Bom do Brasil. O dia foi dedicado às homenagens à primeira santa brasileira; e missas foram realizadas às 7h, 8h30 e 12h. Às 16h, a última cerimônia foi celebrada e, em seguida, os fiéis seguiram em cortejo até a Basílica do Bonfim.

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Foi um dia dedicado à fé e à gratidão de quem foi impactado por Santa Dulce. Emocionados, os devotos se ajoelhavam diante da imagem da santa baiana e prestavam orações e agradecimentos. Outro local bastante visitado foi a Capela das Relíquias, onde os fiéis fizeram suas preces e pedidos.

"Hoje é um dia de muita emoção e gratidão. Eu reconheci Santa Dulce como minha santa recentemente e ela me acolheu e me ajudou enquanto eu tratava um câncer. Graças a ela, hoje eu estou curada", afirmou a comerciante Graziela Alcântara.

Outra devota é a dona de casa Vera Lúcia Silva, 70. Ela conta que conheceu Santa Dulce enquanto a freira passava pela região do Largo de Roma: "Ela andava a região inteira e sempre tratou todo muito com muita humildade. Eu só tenho o que agradecer. Essa é a primeira vez que eu venho no dia 13; geralmente, eu faço minha oração em casa. Hoje de manhã, fiz meu pedido e vim ver a missa e seguir o cortejo".

Quem também esteve na missa foi a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos. Para ela, a imagem de Santa Dulce passa uma grande responsabilidade pela maneira que a então freira dedicou a sua vida a cuidar dos mais necessitados. “Poder estar aqui dando um pouco da minha energia e do meu amor em manter a sua memória viva me deixa muito feliz. Eu espero que as pessoas se inspirem nela e sintam que vale a pena fazer o bem e cuidar de quem mais precisa”, disse.

A missa das 8h30 foi presidida por Dom Marco Eugênio, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Salvador, e a celebração das 16h, por Dom Tommaso Cascianelli, bispo emérito de Irecê. Dom Tommasso conheceu Santa Dulce em vida e contou durante a missa sobre as visitas que fez à freira no hospital pouco antes de sua morte.

“Essa é uma data muito significativa, pois nos faz recordar a entrada de Santa Dulce na eternidade. Com um coração repleto de gratidão, recordamos a vida de nossa padroeira e pedimos a Deus a graça de passarmos esta vida fazendo o bem, como fez Santa Dulce dos Pobres”, explicou o reitor do Santuário Santa Dulce dos Pobres, frei Ícaro Rocha.

Para Maria Rita Pontes, sobrinha de Santa Dulce e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), o bem mais importante que a santa deixou foi o seu exemplo. "Ela deixa o legado de amar e servir, de uma pessoa dedicou a vida por uma causa. Desde a sua morte, todo dia 13 a gente faz essa celebração, procurando manter essa memória para que ela não seja esquecida", falou.

Santa Dulce faleceu aos 77 anos e foi canonizada quase três décadas depois, no dia 13 de outubro de 2019, se tornando a primeira santa brasileira.

Fiéis relembram impacto da obra de Santa Dulce

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Irmã Dulce deixou um legado de muita fé e dedicação aos mais necessitados. Entre os que a conheceram é destacado a entrega dela à religião. Tamanha dedicação se converteu em adoração dos seus devotos. Cerca de 1500 pessoas passam diariamente pelo Santuário de Santa Dulce dos Pobres para agradecer pelas graças conquistadas.

Maria Rita Pontes, sobrinha de Santa Dulce e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) acompanhava a tia na infância. Após se formar na faculdade de Jornalismo, ela se dedicou a ajudar a Osid através de reportagens em revistas e jornais do Rio de Janeiro, até ser convidada para o conselho de administração das obras. Após a morte de Dulce, ela assumiu a responsabilidade de seguir com o seu legado.

“Mesmo com a voz humilde e delicadeza, ela era muito firme nas suas decisões. Ela tem uma relação muito forte com os devotos. Pessoas do Brasil e de várias partes do mundo vêm até aqui fazer suas orações e agradecer pelas bençãos e milagres”, contou.

Uma das devotas é a aposentada Rita Bonfim, 60 anos. Ela é voluntária da Osid e esteve uma vez com Irmã Dulce. A emoção foi grande que ela não conseguiu falar com a freira. “Eu não sabia como ela conseguia segurar o hábito, de onde vinha tanta coragem e tanta força. Eu só conseguia chorar e ela ficou me acalmando”, lembrou.

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A sua relação com a santa ficou mais forte após cuidar de uma idosa que não era da família. Ela teve uma anemia profunda e ficou internada no Hospital Santo Antônio. Ela não resistiu à doença e faleceu em abril de 1992. “Eu pedi ainda no hospital que quando meus pais ficassem idosos, eu pudesse me aposentar e cuidar deles. Eu consegui a aposentadoria com 52 anos e estou cuidando dos dois há mais de sete anos”, finalizou.

A dona de casa Vera Lúcia Silva, 70, conheceu Santa Dulce enquanto passava pela região do Largo de Roma. Ela a seguiu por muitos anos e recorreu a ela para ajudar o seu filho a conseguir um emprego.

“Eu só tenho o que agradecer a ela. Meu filho tinha acabado de completar o curso de eletromecânica e foi para o Rio de Janeiro em busca de trabalho. Eu fui ali no túmulo, me ajoelhei e pedi que ela me ajudasse porque eu não estava aguentando. Eu fiquei rezando e ela me ajudou e conseguiu um trabalho para ele”, disse.

* Publicado por N.R. Texto de Gilberto Barbosa, do Jornal Correio*. Com orientação da subeditora Fernanda Varela. Fotos: Paula Fróes/CORREIO.

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