Mineradora anuncia fábrica e investimentos de R$3 bilhões na Bahia

Com informações do Correio24Horas

A mineradora Largo Vanádio de Maracás vai implementar, a partir do ano que vem  até 2032, um robusto plano de investimentos na Bahia, contemplando  recursos da ordem de US$ 590 milhões (cerca de R$ 3 bilhões). A maior parte do orçamento - US$ 360 milhões (R$ 1,836 bilhão) - será empregada na construção de uma fábrica para a produção de pigmento de titânio, material bastante utilizado nas indústrias química e de construção. A unidade, que ficará no Polo Industrial de Camaçari, entrará em operação em 2024 e vai gerar mais de 500 empregos.

Paulo Misk, presidente da empresa, explica que a fábrica de Camaçari irá recuperar o titânio dos rejeitos de vanádio, ou seja, não irá aumentar os impactos ambientais na mina localizada no município de Maracás. "Nosso processo não terá impacto no meio ambiente, não jogará nenhum efluente na natureza. Todo o rejeito do processo de fabricação do pigmento de titânio, também vamos reciclar. Uma parte dele vai virar  fertilizante", disse Misk.

Neste momento, a  Largo está finalizando a aquisição do terreno em Camaçari. Depois, irá aguardar a aprovação da localização por parte do governo do estado para, então, iniciar a construção da planta, o que irá ocorrer a partir do ano que vem. Esta fase vai demandar pelo menos 24 meses. A produção terá inicio no primeiro trimestre de 2024.
csm-misk-33a8a9e939-1
Misk informou que o projeto terá três etapas. A primeira, com investimento de US$ 96,390 milhões (R$ 491,6 milhões), entrará em operação em 2024, produzindo 30 mil toneladas. Na segunda fase, em 2026, a companhia terá capacidade de beneficiamento de 60 mil toneladas. Quando estiver operando a plena carga, em 2029, serão 120 mil toneladas anuais - mais ou menos o que o Brasil importa hoje.  A produção da companhia será destinada, em sua maior parte, ao mercado brasileiro.

"Vamos fazer a fábrica em fases. Assim conseguimos diluir melhor os investimentos. Tudo será financiado com recursos próprios", afirma Paulo Misk.  "A Largo vai investir na Bahia alinhando energia renovável (produção de baterias de vanádio) e recuperando titânio do rejeito", enfatiza o executivo.

Duplicação

O plano de investimentos do grupo para a próxima década prevê ainda um aporte de US$ 230 milhões (R$ 1,173 bilhão) na expansão da produção de vanádio para baterias. A meta é, a partir de 2030, alcançar na mina de Maracás uma produção anual de 15.900 toneladas, contra as atuais 12 mil toneladas. (por Geraldo Bastos, via CORREIO).
 
Fotos: Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia.


 

NOTAS RECENTES

TRENDS

As mais lidas dos últimos 7 dias