'Meu Nome é Gal' estreia nesta quinta-feira nos cinemas de todo o Brasil

Jornalista, editora de textos e colaboradora do Alô Alô Bahia. | Instagram: @itsnaiana

A cinebiografia 'Meu Nome é Gal' estreia nesta quinta-feira (12) nos cinemas de todo o Brasil. A direção é compartilhada entre Dandara Ferreira e Lô Politi (que também assina o roteiro). A atriz Sophie Charlotte, que contou com a bênção da própria biografada, vive a cantora na trama. 

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Além de um timbre vocal similar, a protagonista remonta o visual muito característico da artista, no período escolhido pelas diretoras. “Esse filme é um bônus de juventude, de farra, de festa, de tesão. Foi lindo repensar a vida com mais prazer, menos caretice. Foi um presente e o que me tranquilizou foi que ela (Gal) permitiu essa honraria. Eu me encontrei com ela”, disse a Sophie, que está sendo bastante aplaudida pela crítica especializada pela interpretação.
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"Me aproximar dela, mergulhar em sua obra, na sua vida, na sua existência, na sua história, só me fez admirar ainda mais a Gal. Eu amo a Gal Costa. E eu fiz com todo o meu coração mesmo essa homenagem. Ela é incrível, e o que ela realizou é surreal. Porque ela se transformou e se modernizou tanto ao longo da vida”, completou Sophie em entrevista ao Alô Alô Bahia. O filme foi lançado em Salvador, no Cine Glauber Rocha, em uma pré-estreia concorrida, no último dia 2.

Em Salvador, Sophie Charlotte se emociona na pré-estreia de 'Meu Nome É Gal': 'Fiz com todo o meu coração'
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'Meu Nome É Gal' não surgiu como um projeto póstumo. Foram seis anos para que ficasse pronto e começou a ser gravado em fevereiro de 2022. Não deu tempo para a homenageada ver o filme pronto. A baiana morreu no dia 9 de novembro. No entanto, ela assistiu a uma apresentação feita pela equipe com conceitos estéticos da obra e os primeiros registros de Sophie Charlotte cantando Barato Total (1974), composição de Gilberto Gil. Por conta da morte inesperada da baiana, a produção decidiu voltar para a ilha de edição para incluir mais cenas da Gal real, já que o longa era apenas com a ficção. 

O elenco é formado por Rodrigo Lelis (Caetano Veloso), Dandara Ferreira (Maria Bethânia), Dan Ferreira (Gilberto Gil), Camila Mardila (Dedé Gadelha) e Luis Lobianco, que interpreta o empresário que gerenciou os primeiros passos da carreira de Gal, Guilherme Araújo. “Ele foi um empresário, diretor artístico, amigo, entrou um pouco ali no lugar de pai de Gal Costa. Uma figura muito importante, potencializador do movimento”, detalhou. 


Sobre sua relação com a artista, disse sempre ter se alimentado de sua arte mesmo sendo ator. “Isso influencia muito o nosso trabalho. Ver Gal atravessando vários momentos, desde ícone dos anos 1980 - eu lembro da minha mãe querendo ser Gal Costa - depois todas as fases, até recentemente”, falou.

Também no elenco, George Sauma interpreta o poeta, compositor e diretor Waly Salomão, fundamental na construção do contexto estético do show Gal a Todo Vapor (1971), também conhecido como Fa-Tal. A obra é considerada um símbolo da contracultura no país, do movimento conhecido como “desbunde” e da resistência à ditadura militar.

Gal Costa (1945-2022) soma mais de 30 álbuns lançados e diversos prêmios acumulados ao longo de quase 60 anos de trajetória, com destaque ao Grammy Latino à excelência musical, recebido pelo conjunto da obra em 2011. Boa parte dos seus hits atemporais estão na trilha sonora do filme, casos de Meu Nome é Gal – composição de Erasmo Carlos e Roberto Carlos e a preferida de Sophie Charlotte – Baby, Aquarela do Brasil e Divino Maravilhoso embalam a produção. O filme destaca ainda Eu Vim da Bahia, Alegria, Alegria, Coração Vagabundo, Mamãe, Coragem, Vaca Profana e Festa do Interior.

Trama
A obra acompanha a jornada da cantora baiana no momento em que a tímida Maria da Graça Costa Penna Burgos, a Gracinha, como era conhecida por amigos, antes de se tornar uma estrela da MPB, se torna Gal Costa. Foram anos violentos, inovadores e estonteantes, que ajudaram a dar forma a uma das maiores cantoras brasileiras.



A diretora Dandara Ferreira conta que o filme nasceu de um convite da própria Gal para ela. "Eu havia dirigido um documentário sobre ela [“O Nome Dela é Gal”, de 2017]. Um mês depois que a gente lançou, ela veio me fazer esse convite. O filme foi inteiro pensado para ela: uma homenagem para ela curtir, para ela revivenciar muitas memórias que foram importantes para a vida dela. E aí, os percalços da vida… infelizmente, Gal não está aqui, mas eu tenho certeza que onde ela estiver ela vai estar muito feliz com o projeto, porque esse filme é uma declaração de amor”, declarou a baiana, que também atua na produção como Maria Bethânia.


A diretora baiana espera que o público possa conhecer mais sobre Gal Costa com 'Meu Nome é Gal'. "Esse filme é da Gal, mas fala também sobre amigos, sobre coletivo, que foram tão importantes na vida dela. Esse grupo se formou em Salvador. Esse grupo é daqui. Não tinha outro lugar melhor para gente começar essa história. É a minha cidade também. Pra mim é muito importante a Bahia na minha formação”, contou. 

Codiretora da obra, Lô Politi comentou sobre o processo de gravação. “Fazer o filme foi maravilhoso. Foi um processo lindo, de um mergulho muito rico em um universo especial, no universo da Gal, da Tropicália, nesse momento que eles foram absolutamente necessários para o país. Eles foram geniais, eles se posicionaram de uma forma muito intensa e rica. Criativamente falando, foi muito incrível, foi muito legal”, afirmou ela, que também assina o roteiro.


Fotos: Divulgação/CP e Elias Dantas/Alô Alô Bahia.

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