Médica do H. Olhos Bahia, Drª Ana Cláudia faz alerta para cuidados com o glaucoma: "O astuto ladrão da visão”

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Em conversa com o Alô Alô Bahia, a médica oftalmologista Ana Cláudia Mendonça Fraife, do H. Olhos Bahia, alertou para a necessidade de cuidados com o glaucoma, doença ocular que é a primeira causa de cegueira irreversível no mundo. Na Bahia, estima-se que a prevalência da patologia seja o dobro da registrada no mundo, chegando a 7% a 8% de pacientes, enquanto a média global é de 3,5%. 

 "Essa estimativa é baseada em estudos de prevalência mundial. Em áreas como por exemplo as ilhas do Caribe, como Santa Lúcia, Barbados, onde existe uma população negra semelhante à nossa, a prevalência é, em média, 7% a 8%. É uma doença agressiva, silenciosa, assintomática e incurável. Costumamos  diagnosticar o glaucoma em consultas de rotina, em que o paciente vai apenas para verificar o óculos achando que está com o grau fraco”, pontua a médica.

 Ela explica que o problema é identificado pela avaliação do nervo óptico e a única variável modificável é a pressão intraocular. "A média da pressão intraocular brasileira é de 18 mmhg, mas o paciente pode ter uma pressão de 30 mmhg e não sentir nada", acrescenta Drª Ana Cláudia. Ela é graduada pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, especialista em glaucoma pela Universidade de São Paulo (USP) e professora do curso de Medicina da Unime.

 A melhor prevenção é realizar consultas anuais com o oftalmologista, principalmente para aquelas pessoas com fatores de risco mais elevados. "Primeiro, o histórico familiar de glaucoma. O paciente que tem um pai, uma mãe ou irmão com glaucoma tem seis vezes mais chances de vir a ter", afirma, ao complementar que a pressão intraocular elevada, as doenças sistêmicas, tais como o diabetes a hipertensão e a alta miopia, também são fatores de risco. 

 O tratamento do glaucoma, destaca a oftalmologista, se baseia na redução da pressão intraocular. "Se faz isso através do uso de colírios, de laser ou de cirurgia, deixando claro que todas essas três opções de tratamento têm o mesmo objetivo: reduzir a pressão intraocular. Hoje o diagnóstico está mais fácil e, por isso, esse alerta é tão importante. É uma doença que cega, que torna o paciente incapaz, e nós temos armas e ferramentas para evitar isso", ressalta ela.
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Fotos: Elias Dantas / Alô Alô Bahia. Siga o insta @sitealoalobahia.
 

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