5 Mar 2024
Margareth retoma Conferência Nacional de Cultura e é elogiada por Lula: 'não existe democracia sem liberdade cultural'

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O evento reúne mais de 3 mil participantes, entre delegados, que têm direito a voz e voto; convidados, que podem se manifestar, mas não podem votar; e público em geral, que pode acompanhar os debates da conferência, que servirão de base para o novo Plano Nacional de Cultura (PNC).
"Toda vez que um governo extremista sobe ao poder, o primeiro ministério desconstruído é o da cultura. E toda vez que vem um governo que defende a democracia, o primeiro ato é o restabelecimento do Ministério da Cultura. É isso que a gente precisa entender, o porquê. E nós queremos, sim, dizer que é cultura-democracia e democracia-cultura. Não existe democracia sem liberdade cultural, sem liberdade de acesso, sem as pessoas poderem contemplar os pensamentos que existem nessa consolidação", disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes, em entrevista coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (4).
A também cantora defendeu o diálogo com trabalhadores e trabalhadoras do setor e enfatizou que a cultura e a democracia andam juntas, discurso que ganhou coro da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros. "O maior prejuízo nesses 11 anos [entre as duas conferências] foi a falta de discussão coletiva para que conseguíssemos implementar o que foi diretriz da terceira Conferência Nacional de Cultura [em 2013]. Então, acredito que, a partir das diretrizes dessa 4ª conferência, vamos conseguir implementar ações estruturantes para a cultura brasileira e encontraremos formas de levar a diversidade dessa cultura ao país inteiro", defendeu.
Presente no evento, aberto oficialmente por ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que é preciso defender a cultura no Brasil em todas as suas vertentes. "Nunca mais esse país entrará na escuridão do fim da cultura porque queremos as luzes acesas", disse.
Em discurso, o petista ressaltou a necessidade da criação de comitês de cultura em todas as capitais e disse que o povo deve se apoderar do movimento no país. "Quando o povo se apoderar da cultura, nenhum presidente poderá ofender a cultura, nem dizer que a Lei Rouanet é para sustentar vagabundo", destacou, lembrando episódios de perseguição do governo anterior a artistas, tentativas de censura e paralisação de leis de incentivo ao setor.
Ao final do dia de evento, o presidente ainda usou as redes sociais para relembrar sua história com a baiana Margareth Menezes e agradecer pelo seu trabalho à frente da pasta. "A vida é cheia de surpresas. A primeira vez que conheci Margareth, certamente ela não se lembra. Foi no Carnaval de Salvador. Assisti à jovem cantora Margareth. Anos se passaram, nós vencemos as eleições e chamei Margareth para ser Ministra da Cultura e fico muito feliz de assistir a fala dela aqui na 4ª Conferência Nacional de Cultura, pelo domínino do assunto da pasta e por sua gestão", escreveu Lula em seu perfil no X.
A vida é cheia de surpresas. A primeira vez que conheci a @MagaAfroPop certamente ela não se lembra. Foi no carnaval de Salvador. Assisti a jovem cantora Margareth. Anos se passaram, nós vencemos as eleições e chamei Margareth para ser Ministra da Cultura e fico muito feliz de…
— Lula (@LulaOficial) March 5, 2024
* Por José Mion, com informações da Agência Brasil. Fotos: Ricardo Stuckert.
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