Margareth Menezes comenta sobre "máquina do privilégio" e a indústria cultural

Após o tema ganhar grande repercussão em uma live onde Taís Araújo perguntou a Ivete Sangalo "Por que Margareth não é tão gigante como você?", a cantora Margareth Menezes trouxe importantes reflexões sobre o que define como "máquina do privilégio", apontando para o fato do racismo operar de maneira estrutural em diversos aspectos da sociedade. 

"O que se questiona é o próprio sistema que nos invisibiliza. É a máquina do privilégio. Por que um artista branco cantando faz sucesso e a mesma música cantada pelo bloco afro não faz? Só tenho a dizer que um país que tem Ivete e Margareth deveria valorizar mais a sua cultura", comenta a artista. Dentro desse sistema, ela também ressalta a importância da indústria musical e cultural da Bahia e do Brasil valorizarem os artistas negros não apenas no aspecto da visibilidade, mas também com uma remuneração justa.


"Se a arte afro brasileira fortemente é usada para rotular a identidade da cultura nacional, desde a culinária até as expressões artísticas, precisamos também colher os frutos e os benefícios", destaca Margareth, que faz parte de uma geração de artistas que, sem dúvidas, construíram e constroem importantes legados para a música brasileira.


 

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