Marca baiana transforma figurinos carnavalescos de blocos afro em mochilas, batas e pochetes

Nas ruas, o colorido dos imponentes figurinos de Carnaval de blocos afro como Ilê Aiyê, Cortejo Afro e Olodum chamam a atenção. Mas eles estão longe de serem só beleza. As indumentárias - obras de artistas como Alberto Pita, Cid Brito e Siry Brasil - representam a identidade negra e também são símbolos de resistência e empoderamento.

Pode ser bastante trivial descartar um abadá de um bloco ou camarote após a folia, mas não um figurino de bloco afro. Pensando nisso, a marca de moda e arte Afrobaiana (@afrobaiana), liderada pela empresária Bárbara Leoa, de 33 anos, criou um projeto para eternizar esses tecidos, não deixando eles se perderem no fundo do guarda-roupa. 
 
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"Eu pensei: 'Por que estamos deixando essa história passar de Carnaval em Carnaval? Por que não introduzir no dia a dia essa referência cultural que não é só uma questão de festejo carnavalesco, mas uma carga poderosíssima para a formação do nosso povo?'", conta Bárbara. 

A empresária, que também é colecionadora de tecidos africanos, reuniu então seus figurinos do Ilê Aiyê de 2014, 2019 e 2020 e os transformou em mochilas, batas e pochetes, na coleção "Relíquias dos Blocos Afro". A de 2014 marcou os 40 anos do Ilê; a de 2019 traz referências a personalidades e símbolos afrobaianos, como Xangô e o cantor Gilberto Gil. A de 2020 trata-se de uma homenagem ao país africano Botsuana. 
 
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Há mochilas disponíveis para pronta-entrega com tecidos dos anos citados, mas o cliente pode escolher outros ou levar o tecido que quiser, como os figurinos do Carnaval de 2023, por exemplo, e encomendar (através do WhatsApp 7192406538) o produto no qual deseja transformá-lo. As entregas são feitas para todo o Brasil. 
 
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A Afrobaiana teve início em 2020, quando, em decorrência da pandemia, Bárbara precisou descobrir novas maneiras de gerar renda. Ela é cantora e compositora e se viu sem trabalho. "Eu já utilizava tecidos afro nos meus figurinos dos shows e já pesquisava a história desses tecidos, então aí surgiu o interesse de trabalhar com moda", conta. Hoje, ela concilia as atividades e conta com a ajuda de uma equipe para tocar a Afrobaiana, com um ateliê no bairro da Liberdade.


Fotos: Divulgação. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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