Manno Góes vai à Justiça contra deputada por uso indevido de música "Milla" em ato pró-Bolsonaro

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O músico Manno Góes, autor de "Milla", foi à Justiça para pedir que a deputada federal Carla Zambelli (PSL) retire do seu canal no YouTube vídeo em que o cantor Netinho aparece cantando a canção na manifestação pró-Bolsonaro na avenida Paulista, em São Paulo, no sábado (1º). Além disso, ele vai pedir uma indenização à parlamentar por dano moral.

Segundo o advogado Rodrigo Moraes, o principal argumento do autor é o direito moral previsto na Lei de Direitos Autorais. "Manno Góes não concebeu Milla para destinação política, tampouco para ser utilizada por uma parlamentar com visão ideológica completamente distinta da dele", disse ao Alô Alô Bahia.

Ele ainda frisou que o respeito ao direito moral de autor não se confunde com censura. "Netinho pode cantar Milla nos shows que faz, desde que pague ao ECAD. O que não é permitindo é uma parlamentar colocar essa obra em sua página oficial do YouTube, com finalidade política e eleitoral. Para isso, precisar ter autorização prévia e expressa do autor", ressalta.
"Não posso impedir que Netinho cante minha música, mas eu posso impedir que essas cenas filmadas durante essa manifestação permaneçam sendo divulgadas nas redes sociais. Isso estou fazendo", disse Manno Góes, em entrevista ao Splash, do UOL.

No domingo (2), Manno Góes já havia se pronunciado ao criticar Netinho. "Netinho cantou 'Milla' no ato em que pessoas brancas, na Paulista, gritavam 'eu autorizo', para Bolsonaro. Autorizam o quê? Golpe militar? Portanto, eu não autorizo esse débil mental de cantar minha música", afirmou.

Em seguida, ele se desculpou pelo uso do termo 'débil mental'. "Agradeço a todos que me chamaram atenção, mesmo apoiando meu desabafo. Estamos aqui para aprender e melhorarmos como pessoa. É o que quero para mim: aprender, evoluir, consertar".
 
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