10 Sep 2023
Manchas de óleo são encontradas em praias de Salvador

Não há informações se as manchas são oriundas do material que atingiu a costa brasileira e começaram a chegar na Bahia em outubro de 2019. A Empresa de Limpeza Urbana De Salvador (Limpurb), responsável pela retirada dos fragmentos, deve retirar os fragmentos dos locais.

O Alô Alô Bahia tentou contato com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Inema) e com a Limpurb, e aguarda informações sobre a possível causa do novo surgimento de óleo nas praias da capital baiana.
Relembre maior desastre ambiental do litoral brasileiro, em 2019
Há três anos, em 2019, o Brasil via acontecer o maior desastre ambiental do litoral brasileiro. Manchas de óleo apareceram em todos estados do Nordeste, além de chegar no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Foram mais de mil zonas atingidas, sendo 32 cidades baianas oleadas, segundo a Defesa Civil do Estado (Sudec).
A primeira aparição dos rastros de petróleo aconteceu em 30 de agosto de 2019, em Conde e Pitimbu, na Paraíba. Na Bahia, o óleo chegou em outubro, em Mangue Seco, no norte do estado, e atingiu Salvador no dia 10 do mês. Ao longo das semanas, as manchas foram se espalhando por todo o litoral baiano e chegaram ao Parque de Abrolhos, em novembro.
“Esse tipo de acidente nunca tinha acontecido aqui no Brasil. Normalmente, mancha de origem desconhecida, que é o caso dessa, são de pequeno impacto e abrangem só um estado. É a primeira vez que a gente está vendo um acidente, sem poluidor conhecido, atingir tantos estados”, explicou, na época, a coordenadora geral de Emergências Ambientais do Ibama, Fernanda Pirillo.
Ainda em 2019 a Bahia decretou situação de emergência para liberar recursos às cidades afetadas. O decreto foi reconhecido sumariamente, pelo Governo Federal. No mesmo dia, um grupo de cinco pessoas andou pela areia do Porto da Barra, um dos pontos turísticos da capital baiana, sujo de um óleo fictício – criado com café e maisena – para protestar.
Pescadores e marisqueiras de regiões afetadas protestaram sobre escassez de peixes após incidência do óleo. O presidente da Colônia de Pesca de Conde, no Litoral Norte, Givaldo Batista dos Santos, por exemplo, afirmou que o barco da colônia voltava “quase vazio” para a costa. Antes, em uma viagem de oito dias, pescadores da região chegavam a capturar 500 quilos de pescado, em 2019 e 2020, apenas 100 kg “na marra”.
Em 2020, o Ibama informou que 459,49 toneladas do petróleo cru foram retiradas das praias baianas até fevereiro. Na capital, 14 praias foram atingidas, das quais foram retiradas 139,581 toneladas do óleo, segundo Limpurb.
Uma operação da Polícia Federal foi deflagrada para identificar a origem do óleo na costa brasileira. A PF concluiu em 2021 que um navio petroleiro grego foi o responsável pelo derramamento da substância no mar. A empresa responsável não teve o nome revelado, mas os donos dela, o comandante e o chefe de máquinas do navio foram indiciados por crimes de poluição, descumprimento de obrigação ambiental e dano à unidade de conservação. A Marinha do Brasil diz que o óleo veio da Venezuela.
O que fazer caso tenha contato com óleo?
- Se tiver contato com a pele:
2. Em caso que vá além de vermelhidão e leve coceira, procurar posto de saúde
- Se encontrar óleo na praia:
2. Chamar autoridades, como Ibama, Defesa Civil ou universidade, entidades com devidos equipamentos de proteção para manejo e descarte
*Publicado por Naiana Ribeiro, com informações do G1 Bahia e do Jornal Correio. Fotos: Reprodução/Redes Sociais.
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