Liberdade de expressão no Brasil é considerada “restrita” em relatório anual; entenda

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Entre 161 países, o Brasil registrou a terceira maior queda nos últimos 10 anos em um ranking da Artigo 19 que mede a liberdade de expressão. O relatório da ONG, que defende o acesso à informação, destaca que ataques a jornalistas se tornaram "alarmantemente comuns" no país, desde 2019.

Segundo os dados levantados, o Brasil perdeu 38 pontos de 2011 a 2021, em uma escala que vai de 0 a 100. Atualmente, o país ocupa a 89º posição no relatório anual, divulgado nesta quinta-feira (30). Com isso, agora, ele se encontra na categoria cuja liberdade de expressão é considerada “restrita”.

A queda dos níveis brasileiros de liberdade de expressão só não foi maior do que a registrada em Hong Kong, com 58 pontos a menos, e Afeganistão, novamente sob comando do Taleban desde agosto do ano passado, com menos 40 pontos. No topo da lista estão Dinamarca, Suíça e Suécia, enquanto os piores desempenhos são registrados na Nicarágua, Arábia Saudita e Guiné Equatorial.

O levantamento mostra que apenas 15% das pessoas em todo o mundo vivem em países considerados “abertos”, o melhor nível da escala, no qual o Brasil se encaixava até 2015. Neste contexto, o começo do governo Jair Bolsonaro coincide com a maior queda observada na série histórica dos indicadores brasileiros. 

O ranking leva em conta o nível de liberdade de expressão acadêmica, artística e religiosa, além da transparência governamental e o controle de redes sociais. De acordo com o relatório, os principais responsáveis pelo baixo desempenho brasileiro são os ataques a jornalistas e as constantes disputas entre o ex-presidente e o Judiciário, que trouxeram instabilidade ao processo eleitoral.

Foto: Jorge William / Agência O Globo. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@aloalo_bahia) e Google Notícias.

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