Lesões na boca: entenda quando pode ser um câncer e quais fatores de risco

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Lesões potencialmente malignas da cavidade bucal são consideradas alterações presentes em um tecido benigno, mas com enorme potencial de se transformar em maligna, podendo anteceder ou não um câncer na boca.

De acordo com informações do portal do Ministério da Saúde, se diagnosticado precocemente, 80% dos casos têm mais chances de cura. O câncer bucal, também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, é um tumor maligno que afeta lábios e estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca e língua (principalmente as bordas e embaixo da língua). 
 
“A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados. Em muitas situações, o tratamento envolve cirurgia oncológica e/ou radioterapia. É importante que seja avaliado por um cirurgião-dentista para que esse diagnóstico seja feito com agilidade, excluindo outras hipóteses diagnósticas”, explicou a mestre em Patologia Bucal e doutora em Estomatologia, Flávia Soares. 

 
Tipos de lesões na boca, sintomas e fatores de risco

 
Em sua maioria benigna, mas com alguns casos precoces de câncer, a leucoplasia é definida por lesão branca não removível à raspagem. Existe também a eritroplasia, que são aquelas reconhecidas por lesão avermelhada e pode se configurar como um grande indicativo de presença de células malignas. Outra lesão, com potencial de transformação maligna, é a queilite actínica, causada pela exposição prolongada e contínua à radiação ultravioleta (UV). “Este último manifesta-se principalmente no lábio inferior, tornando-se ressecado e esbranquiçado”, detalha Flávia.
 
De acordo com o MS, os sintomas que devem ser investigados são as lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas e placas vermelhas ou esbranquiçadas, úlceras ou feridas na língua, gengivas, no céu da boca e na bochecha. Geralmente essas feridas não são dolorosas. 
 
Flávia Soares que também é professora do curso de Odontologia do Centro Universitário UniFTC, em Vitória da Conquista, acrescenta que os casos precisam ser avaliados por um dentista. “O profissional de saúde vai examinar a boca para detectar as lesões potencialmente perigosas para impedir a gravidade da doença”, concluiu.
 
Nos casos mais evoluídos, são verificados sinais como a dificuldade de mastigação e de engolir, obstáculos na fala e a sensação de que há algo preso na garganta. A Organização Mundial da Saúde considera que o diagnóstico precoce pode auxiliar na redução em até 25% de ocorrências de casos de câncer até 2025.
 
Os fatores de risco são o fumo, o álcool, a exposição solar, infecção por HPV, assim como o fator genético. Soares ressalta que, a partir de um dia gnóstico precoce, nos estágios iniciais da doença, as chances de cura são maiores e o prognóstico mais otimista. “É essencial manter hábitos saudáveis evitando hábitos tabagistas e consumo elevado de bebidas alcoólicas, assim como visitas periódicas ao dentista para identificar lesões suspeitas e realizar o diagnóstico precoce”, orientou.


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Foto: Reprodução.

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