9 Jun 2023
Lesões na boca: entenda quando pode ser um câncer e quais fatores de risco

De acordo com informações do portal do Ministério da Saúde, se diagnosticado precocemente, 80% dos casos têm mais chances de cura. O câncer bucal, também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, é um tumor maligno que afeta lábios e estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca e língua (principalmente as bordas e embaixo da língua).
“A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados. Em muitas situações, o tratamento envolve cirurgia oncológica e/ou radioterapia. É importante que seja avaliado por um cirurgião-dentista para que esse diagnóstico seja feito com agilidade, excluindo outras hipóteses diagnósticas”, explicou a mestre em Patologia Bucal e doutora em Estomatologia, Flávia Soares.
Tipos de lesões na boca, sintomas e fatores de risco
Em sua maioria benigna, mas com alguns casos precoces de câncer, a leucoplasia é definida por lesão branca não removível à raspagem. Existe também a eritroplasia, que são aquelas reconhecidas por lesão avermelhada e pode se configurar como um grande indicativo de presença de células malignas. Outra lesão, com potencial de transformação maligna, é a queilite actínica, causada pela exposição prolongada e contínua à radiação ultravioleta (UV). “Este último manifesta-se principalmente no lábio inferior, tornando-se ressecado e esbranquiçado”, detalha Flávia.
De acordo com o MS, os sintomas que devem ser investigados são as lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas e placas vermelhas ou esbranquiçadas, úlceras ou feridas na língua, gengivas, no céu da boca e na bochecha. Geralmente essas feridas não são dolorosas.
Flávia Soares que também é professora do curso de Odontologia do Centro Universitário UniFTC, em Vitória da Conquista, acrescenta que os casos precisam ser avaliados por um dentista. “O profissional de saúde vai examinar a boca para detectar as lesões potencialmente perigosas para impedir a gravidade da doença”, concluiu.
Nos casos mais evoluídos, são verificados sinais como a dificuldade de mastigação e de engolir, obstáculos na fala e a sensação de que há algo preso na garganta. A Organização Mundial da Saúde considera que o diagnóstico precoce pode auxiliar na redução em até 25% de ocorrências de casos de câncer até 2025.
Os fatores de risco são o fumo, o álcool, a exposição solar, infecção por HPV, assim como o fator genético. Soares ressalta que, a partir de um dia gnóstico precoce, nos estágios iniciais da doença, as chances de cura são maiores e o prognóstico mais otimista. “É essencial manter hábitos saudáveis evitando hábitos tabagistas e consumo elevado de bebidas alcoólicas, assim como visitas periódicas ao dentista para identificar lesões suspeitas e realizar o diagnóstico precoce”, orientou.
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Foto: Reprodução.