Lázaro Ramos fala sobre 'evolução' do personagem 'Roque' e comenta possibilidade de fazer Ó Paí Ó 3; confira

Matheus Simoni é jornalista, repórter e escreve para o Alô Alô Bahia | @teusimoni

O ator e diretor Lázaro Ramos fez uma avaliação sobre a história do personagem "Roque" no filme "Ó Paí Ó 2", continuação do filme que fez grande sucesso em 2007 nacionalmente, principalmente na Bahia. Em conversa com o Alô Alô Bahia nesta quarta-feira (15), antes da pré-estreia do longa metragem, o artista falou chegou a duvidar da possibilidade de uma sequência do filme emplacar. No entanto, ele conta que mudou de ideia.

"Lá antes da pandemia, eu falava: 'gente, eu já contei tudo para falar de Roque, do artista, já cantei, já beijei na boca...'. E não é que ainda tem coisa para falar? É um pouco sobre a evolução do Brasil também", disse Lázaro. 

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Para o ator, um dos maiores desafios foi repetir o sucesso de uma cena que ocorreu no primeiro filme, quando Roque e Boca (interpretado por Wagner Moura) entram em rota de colisão por conta de uma fala racista. De acordo com Lázaro Ramos, a evolução de Roque em relação à versão do filme de 2007 é um dos pontos altos do filme.

"[Roque] É um leitor, que fala de filosofia e sobre pessoas, mas que dá o crédito. E agora esse cara tem um filho, como ele educou essa criança? Como ele vai amar, quem vai ser o par romântico? E tem também o desafio que era conseguir alguma cena que tivesse a relevância do embate com Wagner. Isso foi uma treta, como faz uma cena igual a outra? O que parte dali? Ele gritaria? A primeira resposta foi essa: não era um grito, era outro lugar que ele estava, era uma maturidade e uma melancolia no desabafo que ele faz dessa vez", conta.
 
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Mais de 15 anos depois do sucesso do primeiro longa, Ó Paí Ó 2 mostra Roque prestes a lançar sua primeira música. Enquanto isso, o cortiço de Dona Joana (Luciana Souza) continua agitado com a chegada de novos personagens. Já Neuzão (Tânia Toko) perde seu famoso bar, causando uma comoção geral e fazendo com que o grupo se reúna novamente para tentar recuperá-lo. O enredo se passa nas preparações para a Festa de Iemanjá, uma das
mais populares do calendário baiano. 

Lázaro Ramos reforça ainda a atuação em conjunto do Bando de Teatro Olodum, que acumula 34 anos de atuação como um dos grupos de teatro com maior longevidade da América Latina. "Ó Paí Ó é um projeto vitorioso e a gente não tem similar como uma obra que tenha atravessado teatro, cinema e televisão. Isso é muito bonito e o grupo começou só querendo se expressar, estar no palco e só querendo levar assuntos que não estavam sendo discutidos, com personagens que não estavam presente nos palcos, a não ser como coadjuvantes. Quantos personagens de Ó Paí Ó a gente já não viu silenciado em outras obras ao longo do teatro brasileiro. Se for parar para pensar, nenhum desses personagens teve protagonismo antes. Isso é muito valioso, muito bonito e eu fico muito feliz de poder estar junto dessa história e ser mais um", disse o artista.

Questionado sobre a possibilidade de contar mais um pouco da história do bando ou de Roque, Lázaro fez mistério, mas se colocou à disposição da trupe para um retorno às telonas. "Estou à disposição do Bando. O que o Bando quiser, eu faço. Simples assim. Se o Bando convocar, eu estou junto", afirmou o ator. 

Com direção de Viviane Ferreira, a comédia chega aos cinemas no dia 23 de novembro, no mês da Consciência Negra.

* Com colaboração de Antônio Neto / Foto: Divulgação

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