Lázaro Ramos fala ao Alô Alô Bahia sobre filme de suspense gravado na Bahia; estreia será nesta quinta (30)

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Seja para questões simples ou mais complexas, escutar todas as versões de uma história é sempre melhor para esclarecer conflitos do que tirar suas próprias conclusões a partir de apenas uma narrativa, não é mesmo? Pois o filme “As Verdades”, gravado nas cidades baianas de Itacaré e Maraú, com roteiro do gaúcho Pedro Furtado, traça os acontecimentos de um crime pelo ponto de vista de cada um dos suspeitos. E no meio disso, é o policial Josué, interpretado por Lázaro Ramos, quem precisa desvendar o mistério.
 
O ator, que encerrou seu contrato com a Rede Globo para assumir o posto de “showrunner” (responsável por produzir e dirigir produções) da Amazon Prime, falou em entrevista coletiva sobre a importância de diversificar os temas retratados no cinema nacional. “Temos que fazer vários tipos de gêneros falados em português. O brasileiro merece isso. E ainda mais com a possibilidade de voltar para a Bahia, minha terra, para contar essa história de gênero, que poderia ser em algum centro urbano”, disse Lázaro.
 
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Bianca Bin, Drica Moraes, Thomás Aquino, ZéCarlos Machado e Edvana Carvalho são os personagens principais da história, que tem participações menores de vários outros baianos além de Edvana e Lázaro.
 
“A princípio, essa história se passava no sertão. Mas, quando olhei Maraú eu disse ‘é aqui’. Não sei exatamente explicar, mas lá tinha uma energia que era perfeita. É uma cidade que carrega muita história e me pareceu muito interessante para contar essa história de um crime que vem acontecendo desde mais de 1500”, disse ao Alô Alô Bahia o diretor José Eduardo Belmonte.
 
“As Verdades” não retrata apenas um crime passional que envolve mágoas, desejo e ciúmes. Ao longo da narrativa e das camadas que são desvendadas em pequenas e grandes pistas, o foco do filme é, na verdade, o abuso sofrido por mulheres dentro de casa e nas ruas.
 
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“A gente sabe que é criado numa sociedade patriarcal com a masculinidade tóxica. Os homens aprontam e eles mesmos se perdoam e conseguem sair sem pagar nada. Essa é uma história que a gente conhece, que já aconteceu com nossas avós, com nossas mães. O filme provoca essa discussão sobre o silenciamento que as mulheres passam nessa sociedade machista”, disse Edvana, que interpreta a policial Sâmia.
 
Sobre a sua protagonista e a questão da violência contra as mulheres, Bianca Bin também falou ao Alô Alô Bahia. “Sim, não é só um crime, são vários crimes e isso a torna uma mulher insegura, vulnerável e fruto de uma família desajustada. Apesar de todo esse passado problemático, ela tem uma trajetória de libertação. Depois, ela entende que não é um homem que vai salvá-la daquela realidade patriarcal e opressora”, disse a atriz.
 
O filme estreia nesta quinta-feira (30) nos cinemas de todo o Brasil.
 
* Por Paloma Guedes
 
Fotos: Taylla de Paula. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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