Jovens baianos desembarcam nos EUA para conhecer a NASA após criar projeto que coleta microplásticos dos oceanos

Kirk Moreno é jornalista, assessor de imprensa e escreve para o Alô Alô Bahia. Insta: @kkmoreno.

Cinco jovens baianos desembarcaram, nesta terça-feira (14), em Washington, nos Estados Unidos, para conhecer a Agência Espacial estadunidense (NASA). A visita é resultado do prêmio do Space Apps Challenge de 2019 – competição também conhecida como Hackathon da NASA, que é realizada em Salvador desde 2018. Antônio Rocha, Genilson Brito, Ramon Almeida, Pedro Dantas e Thiago Barbosa integram o grupo Cafeína, que venceu as etapas local (na capital baiana) e mundial na categoria “Melhor uso de hardware” com o projeto Ocean Ride, um mecanismo projetado para coletar microplásticos dos oceanos, que pode ser acoplado em embarcações ou outros pontos. 

Intitulada de Missão #PartiuNASA, a viagem seguirá até 28 de março. Nesta quarta (15) e quinta-feira (16), os jovens participarão de cerimônias que envolve a presença de grandes nomes e lideranças da NASA, como Keith Gaddis (cientista da Earth Division e responsável pelo evento dentro a agência espacial), Mike Serafin (gerente da Missão Artemis) e Julie Robinson (diretora em exercício da divisão de Ciências da Terra). Depois dos dois dias em Washington, eles seguem em visitas por universidades e empresas em Boston, onde irão ser recebidos em Harvard, no MIT - Instituto de Tecnologia de Massachusetts - e em Cambridge e buscarão parcerias para a execução do projeto. 
WhatsApp Image 2023 03 14 at 20.33.22Os jovens conseguiram realizar esse feito graças a uma série de apoios de instituições no Brasil. O grupo de estudantes e ex-estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Católica de Salvador (Ucsal) venceram a etapa mundial do Hackathon em 2020. Porém, por conta da pandemia, a viagem de visita da NASA só pode ser realizada agora. A Agência Espacial estadunidense está recebendo em Washington as equipes vencedoras dos anos de 2019 a 2022, e os respectivos responsáveis pelo evento de cada cidade vencedora.

 Em 2019, a equipe Cafeína venceu a competição local com mais de 300 participantes. Ao partir para a etapa mundial, este número subiu para 30 mil pessoas, de mais de 320 cidades – dados que colocam a iniciativa como a maior maratona de inovação do mundo. Na época, o impacto do anúncio da vitória do Hackathon da NASA abriu portas para estágios e oportunidades de trabalho. “A ansiedade agora está enorme! É um sonho de três anos atrás se realizando e com toques super especiais como ser no headquarters da NASA e as visitas a universidades como Havard e MIT”, revelou Antônio Rocha.
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Os soteropolitanos terão a oportunidade de participar do mesmo evento que levou a equipe até a Agência Espacial estadunidense. A sexta edição do Hackathon da NASA em Salvador este ano está confirmada. A intenção da organização é buscar trazer uma presença maior de participantes acima dos 40 anos para 2023. “O evento impacta a vida dos participantes, vencer é só uma parte do processo, a jornada é de muito conhecimento, desenvolvimento e prática de habilidades, de exercício da criatividade e do trabalho colaborativo em equipe, o público 40+ tem muito ainda a contribuir nas soluções de problemas da humanidade, precisam de oportunidades para criarem também e continuarem se sentindo inseridos no contexto da inovação”, disse Leka Hattori, responsáel pela realização da competição em Salvador e que antes a agenda de visitação da NASA esteve presente em Houston, no Johnson’s Space Center, e em Austin, no SXSW Edu.
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