16 Oct 2023

Importante rio do Amazonas tem pior seca em 121 anos; veja antes e depois

Redação Alô Alô Bahia

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O Rio Negro, maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, na Amazônia, alcançou a marca de 13,59 metros, sua pior seca em 121 anos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16) pelo porto de Manaus, que monitora o ritmo de subida e descida das águas. A seca mais severa, desde que as medições hidrológicas foram instaladas no rio, em 1902, havia sido no dia 24 de outubro de 2010, quando suas águas chegaram a descer para 13,63 metros.  

Manaus, assim como quase todos os municípios amazonenses, vive uma severa crise ambiental. O ápice da estiagem, previsto em relatório do Serviço Geológico do Brasil (CRPM), no final de setembro deste ano, reflete no cenário de calamidade das cidades. 
 

Além de comunidades isoladas, são notados prejuízos na navegação de embarcações e no escoamento de produção do Polo Industrial, em função da formação de bancos de areia. Como se não fosse o suficiente, a capital do Amazonas teve seu ar considerado um dos piores do mundo na última semana, após uma onda de fumaça produzida por queimadas ocorridas na região metropolitana tomar conta do ceú.

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Desde o final de setembro, a Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência na capital e vem executando ações para que as zonas rural e ribeirinha da cidade não fiquem isoladas e desabastecidas, como abertura de poços artesianos e a distribuição de cestas básicas.

Segundo especialistas, em entrevista ao g1 Amazonas, a seca severa que atinge o Amazonas está relacionada à combinação de dois fatores que inibem a formação de nuvens e chuvas, o El Niño e a distribuição de calor do oceano Atlântico Norte. "Dois eventos ao mesmo tempo são preocupantes. Tivemos isso entre 2009 e 2010, que foi a maior seca registrada na bacia do rio Negro nos últimos 120 anos", destacou Renato Senna, meteorologista responsável pelo monitoramento da bacia amazônica no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

* Por José Mion, com informações do g1 Amazonas. Fotos: Divulgação e William Duarte/Rede Amazônica.

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