Igualdade salarial entre mulheres e homens no Brasil aumentou nos últimos 10 anos, aponta CNI

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Um estudo inédito sobre as mulheres no mercado de trabalho foi divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (5). O levantamento mostrou que, nos últimos 10 anos as mulheres alcançaram salários mais próximos aos dos homens no Brasil. 

Nesse período, houve um aumento da paridade salarial em 6,7 pontos – saindo de 72 em 2013, para 78,7, em 2023. O estudo mensurou a paridade de gênero em uma escala padronizada de 0 a 100, de modo que quanto mais próximo de 100, maior a equidade entre mulheres e homens.

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A paridade de gênero ainda é um desafio global. O Fórum Econômico Mundial estima que serão necessários 131 anos para alcançar a igualdade entre os homens e mulheres, se os países mantiverem a velocidade atual de progresso econômico, em saúde, educação e participação política.

Quando se analisa o indicador liderança, é possível notar que as mulheres ganharam espaço em funções de tomadas de decisões. A participação delas em cargos de liderança passou de 35,7%, em 2013, para 39,1%, em 2023 - aumento de cerca de 9,5% em dez anos.

“As diferenças entre gêneros têm reduzido ao longo da última década, mesmo que a passos lentos. Nos últimos anos, houve uma aceleração do crescimento da paridade salarial entre mulheres e homens. Mas precisamos continuar avançando e rápido. É urgente ampliar o debate e implementar medidas concretas para chegarmos a um cenário de equidade plena no mercado de trabalho brasileiro”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Os resultados do levantamento indicaram, ainda, que as mulheres têm mais escolaridade que os homens. Enquanto elas têm tempo de estudo de 12 anos, em média, os homens têm 10,7 anos. Nos outros quatro indicadores analisados pelo estudo da CNI, a paridade ficou abaixo de 80 pontos, na escala de 0 a 100. Destaca-se:
  • As mulheres são mais escolarizadas que os homens. Segundo dados do 2º trimestre de 2023, o tempo de estudo das mulheres empregadas é, em média, de 12 anos. Já o dos homens é de 10,7 anos.
  • O índice de empregabilidade das mulheres apresentou uma evolução entre 2013 e 2023, passando de 62,6 para 66,6, respectivamente – crescimento de 6,4%.
  • A paridade de gênero na remuneração salarial aumentou 6,7 pontos – saindo de 72 para 78,7.
  • A participação das mulheres em cargos de liderança subiu de 35,7% em 2013, para 39,1% em 2023.
  • A jornada de trabalho reprodutiva (atividades domésticas e de cuidados com familiares) foi, entre empregados, de 17,8 horas semanais para mulheres e de 11 horas para homens em 2022, diferença de quase sete horas semanais.
  • A diferença é maior entre os desocupados (que inclui desempregados e pessoas que não estão procurando emprego): nesse caso, as mulheres exercem 24,5 horas semanais de trabalho e os homens, 13,4 horas.
O levantamento é do Observatório Nacional da Indústria da CNI, feito a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Publicado por Hilza Cordeiro. Foto: Divulgação

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