29 Jul 2022
Igreja de Nossa Senhora da Graça ganha Plano Museológico neste sábado (30)
A data foi escolhida por marcar o 494º aniversário de batismo de Catharina Paraguaçu, indígena tupinambá devota da Virgem Maria, responsável pela construção, em 1535, da capela onde hoje está a igreja, erguida no século XVIII, no bairro da Graça, em Salvador.
Os participantes do evento poderão acessar a exposição de obras com parte do acervo pessoal doado ao Mosteiro de São Bento (instituição guardiã) pelo benfeitor da causa, Cristóvão Ávila, parente direto de Catharina Paraguaçu e Caramuru, e intermediado por seu sobrinho, Henrique Abreu.
Tombada como patrimônio material e imaterial do Brasil, a igreja é a segunda mais antiga da Bahia, primeira erguia em louvor a Nossa Senhora no país, e considerada importante templo mariano da Bahia.
A estruturação museológica deverá garantir a preservação de seu acervo e disseminação de suas informações ao público. O projeto foi iniciado em janeiro de 2022 e teve como primeira ação a pesquisa histórica e iconográfica conduzida pela historiadora Tanira Fontoura.
Em paralelo foi feito o arrolamento do acervo disposto na igreja e a produção do material informativo que comporá o espaço expositivo, com destaque para as figuras ontológicas da instituição a partir de três temáticas: Catharina Paraguaçu (a matriarca do Brasil e a questão identitária), Nossa Senhora da Graça (a força da religiosidade e aspectos da devoção católica mariana do Brasil) e Júlia Fetal (o papel da mulher na sociedade brasileira e a questão emblemática da bala de ouro – reflexão sobre o feminicídio).
Para a execução das atividades museológicas foi selecionada a empresa Tecnomuseu, tendo como museólogos responsáveis Aníbal Augusto Gondim Silva e Simone Trindade Vicente da Silva. O acervo por completo comporá o futuro Centro de Pesquisa e Memória Catharina Paraguaçu, que será instalado no Mosteiro da Igreja da Graça.
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