9 Jul 2020
Hospital utiliza Radioterapia para tratar câncer com alta precisão e menos efeitos colaterais

Pesquisas clínicas avançadas, cirurgias minimamente invasivas, tratamentos menos tóxicos, avanços na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, difusão de novos testes de oncogenética, maior controle nos efeitos colaterais dos tratamentos por radioterapia e quiomioterapia. Há boas e animadoras notícias relacionadas à modernização e ampliação do tratamento ao paciente oncológico, mesmo diante de um cenário que aponta que o Brasil deve ter 625 mil novos casos de câncer somente este ano.
Com atendimento integral e multidisciplinar, o Hospital Santa Izabel trata o câncer com precisão. Toda a assistência, desde as consultas clínicas para diversas especialidades, tratamentos avançados, internação, Quimioterapia e Radioterapia, atendimento de urgência até a intervenção cirúrgica, é realizada no Instituto Baiano do Câncer (IBC) pelo Grupo Oncoclínicas, considerado um dos mais respeitados em Oncologia, Hematologia e Radioterapia da América Latina.
Referência no tratamento oncológico, o serviço oferecido no pioneiro hospital baiano reúne profissionais altamente qualificados, equipamentos de última geração, segue protocolos internacionais de segurança e qualidade e disponibiliza um dos mais modernos Centros de Radioterapia do Norte e Nordeste. Com equipamentos tecnológicos que permitem uma abordagem de alta precisão, a unidade especializada do Santa Izabel tratou mais de 10 mil pacientes nos últimos nove anos.
A Radioterapia é uma parte importante do tratamento oncológico que, a depender da patologia e do protocolo, pode ser aplicada de forma isolada, associada à quimioterapia ou em situações pré ou pós-operatórias. Para ampliar o conhecimento sobre essa abordagem terapêutica, entrevistamos o médico especialista em Radioterapia, Dr. Arthur Accioly Rosa, presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) e especialista do Grupo Oncoclínicas/Hospital Santa Izabel.
Confira a seguir a entrevista:
Como ocorre o planejamento do tratamento radioterápico?
No planejamento radioterápico, o médico identifica o alvo terapêutico e os volumes dos órgãos sadios adjacentes e prescreve a dose terapêutica, de modo a maximizar o resultado terapêutico. Os cálculos de dose são feitos através de sistemas computadorizados extremamente precisos, baseados em medidas dosimétricas prévias realizadas nos equipamentos de tratamento. Cada paciente tem seu planejamento individualizado, baseado em exames de imagem e de uma tomografia especificamente realizada para o propósito.
De que forma ocorre a integração entre o rádio-oncologista e oncologista clínico?
O rádio-oncologista está integrado em um time multiprofissional que não conta somente com o oncologista clínico. Trabalhamos com mastologistas, cirurgiões oncológicos, urologistas, neurocirurgiões, dentre outras especialidades. As indicações de tratamento estão condicionadas a situações clinicas especificas, que podem ser na sua maioria combinadas com outros tratamentos, como cirurgias e quimioterapia.
Quais são as estratégias de minimização de riscos de danos nos tecidos saudáveis?
A identificação dos volumes alvo e órgãos sadios adjacentes é vital para um tratamento adequado. No planejamento, o médico tem condições de maximizar a dose no alvo e proteger os tecidos sadios. Em auxílio a essa estratégia está o uso de técnicas como a radioterapia de intensidade modulada, a radioterapia guiada por imagem, a radioterapia de arco volumétrico, além da incorporação de outras ferramentas de imagem como o PET e a Ressonância Nuclear Magnética (RNM) no planejamento.
Qual sua avaliação do Hospital Santa Izabel em relação a recursos tecnológicos, capacitação profissional e resultados alcançados?
O Hospital Santa Izabel tem um parque de radioterapia de primeiro mundo. Além de aceleradores de ponta e um sistema completamente digital, dispomos também de ferramentas de qualidade virtualizadas o que traz ainda mais dinâmica ao processo. Nossa equipe profissional é extremamente capacitada e está completamente integrada aos times assistenciais do hospital. Seguimos protocolos assistenciais e de qualidade do Grupo Oncoclínicas, participando ativamente de sessões tumor board e processos de peer review. Os equipamentos de radioterapia do HSI têm todas as ferramentas técnicas disponíveis no mercado para a realização de tratamentos precisos e efetivos.
Qual a recomendação que o senhor fornece ao paciente que vai passar pela primeira vez por um tratamento radioterápico?
Depende muito de cada caso, de cada tumor e da região que vai ser irradiada. O importante é ser avaliado sempre por um especialista e não ficar dando ouvido para a vizinha, o amigo e pessoas leigas. A radioterapia é um tratamento extremamente efetivo e seguro.
Qual o tempo de duração de uma irradiação? E quanto tempo dura em média um tratamento por irradiação?
Depende de cada caso. Temos esquemas de tratamento que são feitos em dose única e outros fracionados em até 8 semanas consecutivas. As sessões fracionadas demoram habitualmente 10 minutos por dia.
Quais os efeitos colaterais mais comuns?
As reações colaterais podem ser agudas ou tardias e estão relacionadas à dose, fracionamento e principalmente aos tecidos irradiados. A radioterapia na boca pode afetar o paladar e a salivação; na pelve pode gerar diarreia ou ardor para urinar. Enfim, é bem amplo o espectro.
Como o paciente deve se preparar para uma sessão de radioterapia. Há uma orientação em termos de alimentação e outros cuidados necessários?
Cada tumor normalmente tem um protocolo específico. Não há por exemplo recomendações de alimentação para uma radioterapia de mama. Já de próstata recomendamos evitar uso de gordura e condimentos.
Técnicas disponíveis no Hospital Santa Izabel
- Radioterapia Conformacional Tridimensional (3D)
- Radioterapia com Intensidade Modulada do Feixe (IMRT)
- Radioterapia com Arco Modulado Volumetricamente (VMAT)
- Radiocirurgia - Radioterapia Estereotáxica Fracionada
- Radioterapia Estereotáxica Extra-craniana (SBRT)
Foto: Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia.