Herança ancestral africana, afoxés e blocos afro se tornam patrimônio cultural imaterial no Rio

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Os afoxés e blocos afro foram declarados patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro. A decisão foi publicada no Diário Oficial na última quinta-feira (16), véspera do Dia da Consciência Negra, celebrado na última segunda-feira (20). A iniciativa partiu do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), que estudou essas tradições por três anos até decidir pelo registro de bem imaterial.

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De acordo com o órgão, o afoxé compõe festividades do Rio desde a década de 50, enquanto os blocos afro, desde a de 80. Ambos costumam acompanhar celebrações tradicionais, como o Carnaval e outras datas festivas do calendário religioso, além de comemorações que valorizam a identidade da pessoa negra, como o dia 20 de novembro.

Segundo a diretora do Inepac, Ana Cristina Carvalho, o bem imaterial é tratado como registro e não como tombamento. O reconhecimento foi feito após três anos de estudos e acompanhamento do dia a dia e das tradições de grupos de sete diferentes municípios: São Gonçalo, Belford Roxo, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Duque de Caxias, Niterói e na própria capital do RJ. Com isso, os afoxés e blocos afro tornam-se os primeiros bens desta natureza, em âmbito estadual, a serem protegidos por lei.

"A convenção para salvaguarda do patrimônio imaterial contempla práticas, representações, expressões, saberes e fazeres de comunidades, grupos ou até indivíduos. Esta decisão exalta a resistência da cultura afro-brasileira, essencial para a construção da identidade do Rio de Janeiro e do cidadão fluminense", explicou Ana Cristina em entrevista ao jornal O Globo.

A secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa Danielle Barros disse que valorizar essas tradições é reforçar o papel delas na construção da identidade do Rio de Janeiro. "Essas tradições são fundamentais para a construção da identidade do nosso estado e do nosso país. São saberes carregados de ancestralidade e verdadeiros tesouros invisibilizados que precisam ser valorizados e carregados para as próximas gerações. Na nossa gestão, estamos investindo na manutenção destas ações, por meio de fomento direto e indireto e de preservação dos bens materiais e imateriais", ressaltou. 

* Por Naiana Ribeiro, com informações de O Globo. Foto: Divulgação.

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