Gringo Cardia está em Salvador para fazer curadoria da Casa da Música Brasileira

Referência mundial em cenografia, o artista e arquiteto Gringo Cardia está em Salvador trabalhando na curadoria da Casa da Música Brasileira, museu que está sendo implantado pela prefeitura no Comércio, no imóvel conhecido como Casa dos Azulejos Azuis. Ele desembarcou na capital baiana há alguns meses e ficará até fevereiro debruçado sobre o rico acervo que deve integrar o novo equipamento público, previsto para ser entregue no primeiro semestre de 2021.

“Estou entrevistando um monte de gente, acompanhando a obra. É tudo mundo lindo. Temos histórias de Assis Valente, Gregório de Matos, Maria Bethânia, Gilberto Gil, da Tropicália. Enfim, começa na Bahia mesmo a música brasileira. Este é um projeto lindo que reconhece a arte maior da Bahia que é a sua música”, diz Gringo, que também foi o curador da Casa do Carnaval.

Cardia afirma que, no processo, não está pegando apenas histórias de grandes nomes, mas também de pessoas que fazem músicas nos bairros. "É um museu com música que se faz agora, um museu vivo, de forma que as pessoas se sintam representadas. As pessoas querem sentir suas histórias dentro da história", explica, ressaltando que conta com a parceria do poeta, antropólogo e ensaísta Antonio Risério.

Na estada em Salvador, ele está hospedado no Santo Antônio Além do Carmo e conta que tem cumprido rigorosamente o distanciamento social por conta da pandemia do novo coronavírus. "Não saio de casa", diz. "Eu adoro esse bairro. É calmo, no Centro Histórico, que é o lugar mais lindo de Salvador. Tem um clima de bairro, sem carros passando na porta".

Gringo irá passar o Réveillon na casa de dois amigos em Busca Vida. “Seremos só nós três, é uma coisa bem cautelosa", finaliza

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