Governo prevê vacinação contra Covid-19 até fevereiro, mas diz que isso depende de laboratórios

A vacinação contra a covid-19 no Brasil deve começar entre os dias 20 de janeiro e 10 de fevereiro, segundo o Ministério da Saúde. A projeção foi apresentada pelo secretário executivo da pasta, Élcio Franco, em entrevista coletiva nesta terça-feira (29) na sede do órgão, em Brasília.

Franco destacou que o melhor cenário depende de uma conjunção de fatores, especialmente dos laboratórios com vacinas em desenvolvimento cumprirem os requisitos de registro, seja emergencial ou definitivo.

“Isso [a vacinação no dia 20 de janeiro] vai depender de uma série de fatores, inclusive de logística, e dos laboratórios estarem em dia com o seu processo de submissão contínua e do processo de registro com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não depende de nós, depende do laboratório cumprir com a sua parte”, declarou.

Por conta do alto número de exigências da Anvisa, a Pfizer anunciou nessa segunda que não pretende pedir o registro emergencial no Brasil.

Segundo a companhia, entre as condições exigidas estaria o levantamento de dados sobre aplicação da vacina em brasileiros. Em agências de outros países, acrescentou a nota da empresa, a análise não faz distinções entre populações específicas.

A Pfizer argumentou que o processo demanda apresentação do quantitativo de doses, o que só poderia ser definido após a celebração de um contrato definitivo.

Pra não dizer que a Anvisa não ajudou a 'adiantar o lado', nessa segunda (28) a agência concedeu certificação de Boas Práticas de Fabricação à Pfizer. A certificação é um dos pré-requisitos para que seja autorizado o uso da vacina no Brasil. 

A Pfizer é uma das farmacêuticas que já vacinam a população em países como Estados Unidos, Reino Unido e nações da União Europeia. 

Na América do Sul, a Argentina começou a aplicar a Sputnik V, imunizante desenvolvido na Rússia, em públicos prioritários. A Bahia tem um acordo de acesso prioritário com os russos, mas ainda não há data para o início da aplicação da Sputnik V por aqui.

No entanto, há sinais de avanço da chegada da vacina no Brasil: a União Química, em parceria com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), protocolou na Anvisa, nesta terça, o pedido formal para submissão do Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM).

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