12 Feb 2024
Gilberto Gil e Caetano Veloso resgatam memórias de fase crítica dos Filhos de Gandhy: 'Quase não existia mais'

Clique aqui e participe do canal do Alô Alô Bahia no WhatsApp
"Quando eu era menino, eles saíam dali do Campo Grande. E eu gostava do ijexá, obviamente, e dos cânticos bonitos. Aí fui lá olhar e eles estavam ali deprimidos", recordou Gil. "Quase não existia mais", complementou Caetano.
Gil também compartilhou uma lembrança específica de como o afoxé tentava entrar na avenida em um ano em que outro bloco, o Apaches [do Tororó], reunia milhares de participantes, de três a quatro mil componentes.
Caetano observou que, ironicamente, enquanto a maioria dos negros da Bahia se dirigia para o Apache, o Ilê, um afoxé totalmente pacífico, surgiu e atraiu a atenção de muitos. “Engraçado porque quase todos os negros da Bahia iam para o Apache e quando nasceu o Ilê [Aiyê] foi o contrário porque o Ilê é totalmente pacífico”, acrescenta Caetano.
Saída da crise
Diante da situação do bloco, Gilberto Gil compôs uma música que se tornou um hino de renascimento para o Gandhy, impulsionando sua revitalização e levando milhares de pessoas de volta às ruas. Neste ano, Os Filhos de Gandhy desfilam por três dias, no domingo, nesta segunda e na terça-feira, 12 e 13 de fevereiro.
A vestimenta este ano é estampada com o rosto de Caetano Veloso, homenageado da edição, e conta ainda com a tradicional pomba simbolizando a cultura de paz. Conforme apurado pelo Alô Alô Bahia, a alegoria do bloco foi produzida por artistas da famosa Festival Folclórico de Parintins, do Amazonas.
Leia mais notícias na aba Notas. Acompanhe o Alô Alô Bahia no TikTok. Siga o Alô Alô Bahia no Google News e receba alertas de seus assuntos favoritos. Siga o Insta @sitealoalobahia, o X (antigo Twitter) @AloAlo_Bahia e o Threads @sitealoalobahia.