2 Jul 2021
Fundada pela baiana Ticiana Amorim, empresa de Salvador especializada em Pix capta R$ 2 milhões

O negócio, que nasceu em Salvador, e começou a operar em janeiro deste ano, já transacionou cerca de R$ 5 milhões de pagamentos. A estimativa é faturar, até o final do ano, cerca de R$ 750 mil.
Entre os investidores nessa nova fase estão RB3 Participações, Cubos Venture Studio, e alguns executivos do Brasil, Estados Unidos, Espanha, dentre outros.
Parceira da Fecomércio da Bahia, a Aarin nasceu para resolver, dentre outras dores, a burocracia do sistema financeiro. Liderança feminina e também CEO da empresa, Ticiana Amorim empreende negócios desde 2012, criando empresas de diversos setores, inclusive de soluções tecnológicas, como o Zigpay. Ao lado dela na operação da techfin estão Lucio Cordeiro e Victor Tavares.
Benefícios na prática
De maneira geral e prática, a tecnologia desenvolvida possibilita, dentre outras funções, um ERP (sistema de gestão integrado) para que estabelecimentos comerciais possam prestar serviços financeiros para a sua base de clientes, utilizando a infraestrutura tecnológica criada pela techfin.
“Não só solucionamos processos burocráticos de recebimento, como ajudamos as empresas no controle e repasse, conciliação bancária, estorno, mas, principalmente possibilitando uma nova linha de receita para as empresas”, explica Ticiana Amorim, que tem passagem por instituições como Jusbrasil e Instituto Max Weber.
Com as soluções para o varejo, é possível realizar vendas e ter a confirmação, em tempo real, de quando o dinheiro cai na conta por múltiplas caixas, garçons, vendedores etc, sem a necessidade do acesso à conta bancária.
Isso permite que a operação seja escalável, sem a exigência de ter que confirmar com o proprietário ou gerente da loja (quem geralmente tem acesso às contas bancárias) ou ter que pedir para o cliente ficar enviando o comprovante de pagamento, por exemplo.
As empresas também podem usar o sistema para fazer pagamentos em lote, pagando em um clique só milhares de funcionários, fornecedores, afiliados ou parceiros. “O Pix é commodity, a tecnologia criada em cima dele é o verdadeiro diferencial”, diz.
De acordo com a empreendedora, o propósito é construir as pontes necessárias para o que chamam de Invisible Banking, banco invisível. “As pessoas não precisam mais ir em agências para terem acesso ao pool de serviços financeiros”, ressalta Ticiana.
A tecnologia desenvolvida pela Aarin vai até a ponta do consumidor, por meio de um aplicativo para frente de caixa, e criado especificamente para o varejo. “Ajuda varejistas e trabalhadores informais, uma vez que o sistema Pix não é gratuito para operações entre pessoas jurídicas. Os clientes crescem, em média, 10% a 20% no mês, em quantidade de transações e isso mostra o potencial e adesão ao sistema Pix”, assegura a executiva, que também garante que a tecnologia reduz fraudes, uma vez que dispensa o cartão e a transferência do dinheiro é instantânea.
A Tech-fin já soma mais de 100 clientes no portfólio como Desinchá, Dobra, Gregory, Zigpay, Quero Delivery (presente em 250 cidades), Vamo app, Pede Aí (ativa em mais de 170 cidades), Latam Gateway, CRK, Hard Rock Café no Brasil e outros, e quase 30 colaboradores.
Mercado
As transações via Pix já superaram o DOC, TED e o boleto, em virtude de um processo extenso de modernização do Banco Central. De acordo com dados da instituição, entre novembro de 2020 e março de 2021, já foram feitas 1 bilhão de transações pelo novo sistema e movimentaram R$ 787,2 bilhões. São mais de 230 milhões de chaves registradas.
Já as tech-fins, como são conhecidas, são empresas de tecnologia que têm como objetivo melhorar e modernizar soluções e serviços já existentes no setor financeiro, bem como facilitar as transações bancárias.
Pensando nisso, a Aarin Tech-Fin desenvolveu, entre outros produtos, o 'Smart Core', uma arquitetura tecnológica customizável que possibilita a oferta de serviços financeiros por parte de qualquer tipo de empresa do mercado.
“O desenvolvimento ágil de produtos, com foco tanto para o varejo físico quanto para o digital, otimiza todo o processo de recebimentos e pagamentos por meio do Pix. Deu tão certo que, em cinco meses no ar, já estávamos com quase 100 clientes pela simplicidade de uso e custo acessível”, finaliza a jovem empreendedora.
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