França decide transformar vinho em perfumes após excesso na produção de bebidas

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O governo da França, em colaboração com a União Europeia, anunciou que deverá gastar 200 milhões de euros (pouco mais de R$ 1 bilhão) para apoiar os produtores de vinho do país que estão com problemas para lidar com a queda nos preços e a diminuição da procura. Com excedente de produção em função de diversos fatores, como queda na demanda e inflação, o país irá comprar vinho desses produtores nacionais para tirar uma parte da produção do mercado, com objetivo de ajudar os fazendeiros a trocar a cultura de uva pela de outros produtos agrícolas.

O governo, no entanto, não vai jogar fora o vinho: a bebida vai ser usada para fabricar produtos de limpeza, como desinfetantes para as mãos, produtos de limpeza e perfumes. Inicialmente, o Ministério da Agricultura francês tinha alocado 160 milhões de euros (cerca de R$ 840 milhões) para o programa de crise, permitindo que certos produtores vendessem o excesso de estoque para destiladores. 

Dados do governo francês apontam que o país era, em 2020, o segundo maior produtor e o maior exportador de vinho do mundo. No entanto, desde a pandemia de Covid-19, o setor tem sido afetado pela inflação e pela alteração dos padrões de consumo. As safras cada vez mais fracas devido às alterações climáticas também ameaçam o futuro de vinhedos franceses.

Segundo a União Europeia, uma boa produção no ano passado, combinada com a diminuição da procura, criou um excesso de oferta em toda a Europa. Em junho, a produção deste ano estava estimada em cerca de 4% – mais elevada do que o habitual – mas o consumo caiu cerca de 7% na Itália, 10% na Espanha, 15% na França, 22% na Alemanha e 34% em Portugal. As exportações de vinho da UE de janeiro a abril deste ano também se mostraram 8,5% inferiores às do ano passado.

Publicado por Matheus Simoni. Foto: Unsplash

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