Filhos de Rita Lee falam sobre processo de luto e santuário onde estão as cinzas da mãe

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Três semanas após a morte da cantora Rita Lee, os filhos Beto (46 anos) e João (43 anos) abriram o coração, falando sobre o processo de luto, as diferenças entre a Rita mãe e a Rita artista e o material inédito deixado pela cantora. Eles ainda revelaram onde estão as cinzas da artista. Antonio (41 anos), preferiu não falar. As entrevistas foram concedidas por eles ao jornal O Globo. 

Sobre o que mais sentem falta, Beto e João citaram o cheiro, o cafuné, o jeito de revirar os olhos diante de um assunto que ela considerava “boring” e o gesto com que imitava a clássica saudação do Papa, girando a palma da mão em concha, ao acenar, do alto da escada de seu sítio, para quem estava embaixo, na sala.

Os dois ainda revelaram que falavam abertamente sobre a morte com a mãe. Beto contou que pediu à mãe que o visitasse através dos sonhos, quando morresse. "Conta comigo", teria respondido ela. 

O luto dos filhos

"Tem duas fases: a primeira é atravessar a tristeza e a saudade. A segunda, é refazer a vida. É uma ferida que nunca vai cicatrizar completamente. Mas, é isso aí, é 'keep going', movimento pra frente, como ela gostaria que fosse", disse Beto. 
 
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Já João disse que tem momentos de melhora e outros de piora e que a ficha ainda não caiu totalmente, acreditando que a mãe logo ligará ou o encontrará. O filho diz ainda que busca constantemente conexões com ela, cheirando roupas e deitando em sua cama, por exemplo. 

Beto e João compartilharam ainda que estão focados em apoiar o pai, Roberto de Carvalho. "Não tem sido fácil para ele voltar e ver o sofá onde ela ficava, a mesa de jantar, as roupas, a cama", desabafou João.

Santuário para Rita

Segundo os filhos, as cinzas de Rita estão ao lado das cinzas de uma tia da cantora, chamada Luiza, e das de Mike, cachorrinho da família. O local, que fica no sítio da família no interior de São Paulo, foi transformado em santuário por Roberto de Carvalho, marido de Rita. 

Material inédito deixado por Rita

Beto afirmou que tem esboços de parcerias inéditas compostas com a mãe, anotadas por ela num caderno de bolso, mas que ainda não sabe o que fará com o material. Segundo ele, registrar tudo que achava interessante, como diálogos de filmes e trechos de livros, era uma mania de Rita. 

Ha páginas e páginas com cerca de 400 tuítes da artista jamais publicados, além de 30 cadernos de composições inéditas. Um deles traz 23 versões de “Cor de rosa choque”, a canção dela mais censurada pela ditadura militar. Textos sobre assuntos diversos e outros mais confessionais também estão registrados nessas folhas.

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Fotos: Reprodução/Redes Sociais.

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