Filha de empresário que fundou o Shopping da Bahia apresenta primeira exposição individual no Rio de Janeiro

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Com curadoria de Eder Chiodetto, a artista carioca Luciana Rique apresenta Entreato - sua primeira individual terá vernissage nesta sexta-feira, 15 de setembro, em seu próprio ateliê, no Leblon, Rio de Janeiro.

Filha do saudoso empresário Newton Rique, que fundou o Shopping da Bahia (antigo Shopping Iguatemi), Luciana, que desde a infância faz seus registros como uma prática pessoal de leitura do mundo, nos últimos anos passou a direcionar sua produção no campo da fotografia sensorial, cujo resultado poderá ser conferido nessa mostra, que tem consultoria artística da KURA.

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“Meu trabalho é sobre o não ouvido, o não visto, o interdito, o camuflado. Surge a partir do momento em que resolvi refletir acerca de uma situação de alheamento que vivi entre a infância e a adolescência. Era como estar permanentemente fora de foco. Percebi na fotografia um espaço lacunar por meio da qual criei relações em que ressoam minhas percepções e criam um lugar de cura e de conciliação comigo mesma”, disse a artista em entrevista ao portal Alô Alô Bahia.
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Entreato apresenta um conjunto de cerca de 30 obras que acentuam o olhar aguçado da artista que busca no cotidiano o elemento não dito, a nuance que escapa à linearidade cartesiana. Segundo Luciana, “o sentimento é uma coisa tão abstrata que muitas vezes não conseguimos explicar. Por meio da arte podemos mostrar o que não é possível ser colocado em palavras”.

Sobre a artista

Luciana Rique vive e atua entre o Rio de Janeiro e Londres. Sua pesquisa artística tem a fotografia como linguagem, por meio da qual ela investiga percepções em geral não visíveis e insondáveis. Assim, o conjunto de seu trabalho visa criar um universo paralelo às realidades do entorno. Inspirando um viés meditativo, suas obras tangenciam o minimalismo e a questões conceituais ligadas à herança modernista da fotografia.

Suas imagens nascem de uma negociação entre o fotográfico e o pictórico. Elas surgem por meio de uma investigação que indaga e explora limites de uma instância visível intangível que nos rodeia. Isso se reflete na busca pela luz, pelo equilíbrio da forma, pela composição que organiza e desestabiliza planos. A câmera torna-se ferramenta para uma espécie de arqueologia de territórios sensíveis que não nos é dado habitar. Busca libertar parcelas enclausuradas de beleza de lugares e situações corriqueiras. As imagens que liberta deste claustro mostram-se um mundo mais acolhedor e harmônico. Dessa forma o exercício da arte torna-se espaço terapêutico ao atuar de forma potente na percepção sensorial. 

Na última década, Luciana dedicou-se ao estudo de arte e fotografia em instituições como o Internacional Center of Photography, em Nova York, na Spéos, em Paris. Também trabalhou com ambientalista e fotógrafo indígena Jean Pierre Dutilleux.

Fotos: Divulgação. 

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