Festa da Conceição: em ano sem procissão e barracas, Clarindo Silva recorda tradições de outrora

Uma das figuras mais carismáticas de sempre na Bahia, escritor, poeta, jornalista e empresário Clarindo Silva teceu comentários sobre a Festa da Conceição da Praia neste ano de pandemia, traçando um paralelo com o colosso que já foi essa comemoração em Salvador. Num texto curto, o ex-Rei Momo (o primeiro magro!) e dono da Cantina da Lua recorda com melancolia dos bons tempos de celebração da Padroeira da Bahia. Confere:

“Incrível as marcas que a pandemia está deixando em nossas vidas! Em pleno dia de Nossa Senhora da Conceição, nossa padroeira, olhando para a igreja e para os espaços onde eram armadas as barracas, que eram verdadeiras obras de arte, com decoração de dar inveja a qualquer designer, como a barraca de Juvena, a barraca do Vitória, a barraca de jogos, de comidas típicas... Sem falar nas rodas de samba e de capoeira. 

Do lado religioso, missas diversas e a procissão, que percorria as principais ruas do Comércio. Uma disputa só, para carregar o andor! Lembro-me quando ainda jovem participava do evento e via a multidão subir a Ladeira da Conceição, a Ladeira da Montanha, o Pau da Bandeira, a Ladeira da Misericórdia... A população subia as ladeiras inevitavelmente com as frutas da época. Encerro mais uma vez pedindo misericórdia a Deus para nos livrar dessa pandemia.”

 Foto: Arquivo Correio*. Siga a gente no Instagram @sitealoalobahia e no Twitter @aloalo_bahia.

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