4 Mar 2024
Exposição 'Um Defeito de Cor' encerra temporada e leva 127 mil pessoas ao Muncab

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A mostra foi resultado da parceria entre a Prefeitura de Salvador, a Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira (Amafro) e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), com a concepção original do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR). Inspirada no romance literário “Um Defeito de Cor”, da escritora mineira Ana Maria Gonçalves, a exposição contou com curadoria da própria autora, ao lado de Ana Bonan e Marcelo Campos.
Na avenida
Em 2024, "Um Defeito de Cor" também foi inspiração no Carnaval do Rio de Janeiro. A obra literária deu o tom ao samba-enredo da Portela, levando a escola de samba a conquistar o estandarte de ouro do grupo especial. Com o desfile e premiação, os livros chegaram a ficar esgotados entre os rankings dos mais vendidos de diversos sites, como a Amazon.
A ala das baianas desfilou de branco e azul, uma referência ao mar enfrentado na travessia da diáspora forçada. A figura de Iemanjá, orixá que representa os oceanos, esteve presente em uma ala e em um carro alegórico, marcados pelas cores preta e azul, referência ao Atlântico negro. Na bateria, as cores de Oxum, orixá das águas doces, predominaram.
Acervo qualificado
Salvador foi a segunda cidade a receber a premiada exposição, montada inicialmente no MAR. O próximo destino será o Sesc Pinheiros, em São Paulo. O acervo conta com 370 obras de mais de 100 artistas do Brasil e do mundo e se dividiu em dez núcleos, cinco deles no térreo e cinco no primeiro andar.
Esses núcleos foram inspirados nos dez capítulos do livro. A mostra fala das lutas e das resistências afro-diaspóricas nas Américas, do protagonismo feminino, da religiosidade, dos símbolos que fazem parte da cultura africana e afro-brasileira e também da África Contemporânea.
No local, baianos e turistas vislumbraram peças raras de artistas baianos, a exemplo do Mestre Didi, do ferreiro José Adário dos Santos (Zé Diabo), J. Cunha, das bonecas de Valdete da Silva (Mãe Detinha), e das colagens de Yêdamaria, uma das fundadoras do Muncab. Também fazem parte do acervo as fotografias do nigeriano Iké Udé e peças de outros artistas internacionais. * Foto: Jefferson Peixoto/Secom/PMS
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