Exportações baianas registram queda de 39% no mês de agosto

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As vendas baianas ao exterior registraram valor de US$ 736,8 milhões em agosto, representando uma queda de 39%, em relação ao valor exportado no mesmo mês do ano passado.  O resultado é reflexo, principalmente, da queda de preços das commodities e redução da demanda mundial, além do ambiente global de desaceleração da economia e de aperto monetário em vários mercados.

As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A queda dos embarques de derivados de petróleo, setor líder das exportações baianas em 2022, foi de 97,4% no mês passado e de 21,4% no ano. A queda nos preços médios do setor, em 2023, atinge 30,7% no comparativo interanual. A redução nos preços do total dos produtos baianos exportados no mês passado foi de 0,14%. Já o acumulado da perda no ano é de 17,1%.

A demanda mundial também está menor, como reflexo de um ambiente externo de desaceleração econômica em seus principais mercados. As políticas de aperto monetário dos bancos centrais para combater a inflação e a continuidade da guerra no leste europeu também contribuem para o cenário.

Ao longo de 2023, a Bahia apresentou redução nos embarques de derivados de petróleo em 21,4%, no complexo soja em 8,3%, na celulose em 1,7% e nos produtos petroquímicos em 12,2%.

Em agosto, no comparativo interanual, as exportações agropecuárias caíram 22,8%, puxadas pela queda em 11,6% no volume embarcado de soja e derivados, 20,1% nos preços e de 29,4% nas receitas. No caso da indústria extrativa, houve aumento de 41%, influenciado pelo bom desempenho nas vendas de ouro, minério de níquel e magnesita. Já a indústria de transformação teve o pior desempenho no mês, com baixa de 63,5%, motivada pelo recuo nas vendas de derivados de petróleo em 97,2%, no setor petroquímico em 57,6% e no setor metalúrgico em 16,6%.

As exportações baianas para China, principal parceiro comercial, tiveram redução de 29,5% em agosto. Enquanto que as vendas totais para a Ásia caíram 64%, devido à redução drástica nos embarques de derivados de petróleo. Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte declinaram 35,1%, enquanto, para a América do Sul e Mercosul, caíram 35% e 30%, respectivamente. Já as vendas para União Europeia tiveram aumento de 42,1%, influenciado pelo incremento nas vendas de soja, minérios e frutas.

Com o resultado de agosto, a balança comercial da Bahia acumula um superávit de US$ 808,4 milhões em 2023, contra US$ 1,64 bilhão, registrado no mesmo período do ano passado. 


* Por Luana Veiga. Foto: Divulgação.

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