6 Jan 2023
Estudo mostra que viajar faz bem para saúde - e quanto mais longe melhor

O estudo britânico mostra que pessoas que viajam para mais longe de 24 km de onde moram, para mais lugares e de forma regular são mais propensas a relatarem melhores níveis de um indicador chamado “saúde autoavaliada”, em que a pessoa classifica o quanto é saudável de um modo geral.
Segundo os pesquisadores, isso pode acontecer por aumentar a interação com outras pessoas e a diversidade delas, além de encontrar amigos e familiares que moram em locais distantes. Para chegar a essa conclusão, eles analisaram 3.014 participantes de moradores do Norte da Inglaterra, região em que os residentes enfrentam desfechos piores de saúde, comparados ao resto do país. Os entrevistados responderam questões sobre temas como acesso ao transporte, autoavaliação da saúde, frequência de viagens, número de lugares diferentes visitados, distância percorrida e uso de carro ou de modais de transporte públicos.
A análise das respostas indicou uma ligação entre piores relatos de saúde e maiores restrições a viagens. "Aqueles com mais de 55 anos são mais propensos a enfrentar outras restrições para viajar, como mobilidade limitada. Eles também são mais propensos a sofrer de solidão. A variedade de lugares que eles podem visitar é baixa, levando a uma menor participação social e níveis mais baixos de saúde geral”, diz o pesquisador Paulo Anciaes - autor principal do estudo -, que defende medidas para ampliar o acesso desses moradores a outros lugares.
“Os resultados deste estudo enfatizam a necessidade de políticas públicas que reduzam as restrições de deslocamento na região, oferecendo melhores opções de transporte público e privado que permitam viagens mais frequentes e mais longas”, defende Anciaes, em comunicado.
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