18 Mar 2024
Estilista do Ilê Aiyê há 50 anos, baiana Dete Lima é destaque na Vogue
Desde os 19 anos, Dete é a responsável pelos figurinos marcantes do grupo afro. Do Terreiro Ilê Axé Jitolu, no Curuzu, ela já via a sua ialorixá, Mãe Hilda, vestir os orixás. "Desde pequena já pensava no que eu poderia fazer com tecidos no corpo e na cabeça de uma mulher. E sempre pensando em uma mulher negra porque eu fui criada com a minha mãe dizendo assim: 'Vocês são negros, são bonitos e têm que se orgulhar disso!'", contou à Vogue.
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A artista falou sobre seu próprio método, que consiste em seguir a silhueta de cada mulher que ela produz. "Foi uma visão de todos os espíritos de luz. Eles me deram régua e compasso. Você pega um tecido na sua mão, sem nenhuma costura, e você vai dando forma no corpo da pessoa. Não estudei isso, minha escola foi o terreiro", conta.
Segundo Lima, com o surgimento do Ilê, as cores também foram incrementadas, levando em consideração que antes o negro não usava. "Usávamos cores que nos apagavam. Era muito discriminado", diz. Hoje, cheio de cor e estampas próprias, o branco significa "paz", o amarelo "ouro e poder", o vermelho é "sangue derramado dos antepassados", e o preto a cor negra.
Com o reconhecimento de Ilê Brasil a dentro, Dete também produziu e produz diversas celebridades, como Daniela Mercury, Majur, a cantora norte-americana Angela Basset e Taís Araújo. "Cada mulher dessa é uma Deusa do Ébano para mim. Quando visto uma Taís Araújo ou uma Angela, é o mesmo orgulho que eu sinto quando eu estou vestindo uma Soraia, uma Daiana, uma Maria... Elas me realizam e elas todas fizeram com que meu sonho se tornasse realidade", disse.
* Publicado por N.R. Fotos: Reprodução/Instagram.
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