19 Oct 2023
Espetáculo que retrata saga de lideranças do candomblé e tupinambás da Bahia volta ao Sesi Rio Vermelho

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“Histórias Grapiúnas” é fruto de uma pesquisa histórico-artística realizada pelo grupo sobre a saga heroica de lideranças do candomblé e tupinambás do Sul da Bahia.

Rafael quer ainda levar a experiência imersa em encantamento, histórias, dramas e poesia para os terreiros, outros teatros e aldeias do Sul da Bahia.

“Histórias Grapiúnas”
O espetáculo tem dramaturgia e direção de Rafael Morais; Cenário e Figurinos de Tânia Soares; Direção Musical de Luciano Salvador Bahia; Luz de Ruhan Álvares; Assistência de Dramaturgia de Gabriela Sampaio e elenco da Companhia Teatro Griô.
“Histórias Grapiúnas” traz o olhar da Companhia Teatro Griô sobre narrativas que se mantiveram à margem da história oficial do país, no lastro de oralidade que ainda permanece vivo, submerso nas tramas e memórias das primeiras histórias brasileiras: mitos, histórias de vida, causos e lendas do Sul da Bahia, também conhecida como região cacaueira ou nação grapiúna.

A palavra grapiúna tem origem tupi e está relacionada ao grande número de aves de plumagem preta, como jacus, macucos, mutuns e diversas outras que enriquecem a região da costa do cacau. Grapiúna também é o nome dado pelos sertanejos aos primeiros habitantes do litoral. A região grapiúna é fonte riquíssima de histórias de tradição oral, de matrizes diversas, misturando referências das culturas afro-brasileiras, indígenas, árabes e europeias.
O espetáculo nasceu de uma instigante pesquisa realizada em parceria entre a Companhia Teatro Griô e os Terreiros Ilê Axé Ijexá Orixá Olufon e Matamba Tombenci Neto, ambos com sua ancestralidade marcada pela história de antepassados heroicos que marcaram a existência do Engenho de Santana - fundado em 1534, como a extraordinária sacerdotisa Mejigã, advinda de Ilexá, na Nigéria, para este engenho situado na chamada Mata do Camacã, assim como a notável Iyá Tidu, fundadora do Terreiro Aldeia de Angorô (primeiro nome do Matamba Tombenci Neto), em 1885, no mesmo Engenho de Santana.
Além destes antepassados históricos, o espetáculo Histórias Grapiúnas se inspira também em lideranças contemporâneas como Pai Ruy Póvoas, descendente de Mejigã e Mãe Hilsa Mukalê, descendente de Iyá Tidu. Em cena serão desvelados momentos marcantes, repletos de dor, coragem, emoção e resistência, da saga destes tradicionais terreiros grapiúnas e seu povo de santo.
A pesquisa também adentrou, a convite de lideranças tupinambás parceiras do Sul da Bahia, pela Terra Indígena Tupinambá de Olivença, através do encontro com Claudio Magalhães, com o Cacique Alicio Amaral e sua família, e das lideranças da Aldeia Serra do Padeiro, Dona Maria Tupinambá e Célia Tupinambá. O espetáculo revela o heroísmo e a resistência do povo tupinambá, sua luta, regeneração e retomada da terra. Homenageando heróis excepcionais como o Caboclo Marcelino, primeiro indígena degredado do Brasil e a lendária Cabocla Jupiara, que miticamente se encanta numa imensa cobra que protege as matas grapiúnas.
O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.
Serviço
O quê: Espetáculo “Histórias Grapiúnas”
Onde: Teatro SESI Rio Vermelho
Quando: 20 e 22 de outubro, às 20h
Ingressos à venda no Sympla (sexta e domingo)
* Publicado por Naiana Ribeiro. Fotos: Eduardo Mafra/Divulgação.
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