Escritora Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a ABL, morre em Portugal

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A escritora e acadêmica Nélida Piñon, de 85 anos, morreu em Lisboa, capital portuguesa, informou a família neste sábado (17). Ocupante da Cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), para qual foi eleita em 27 de julho de 1989, a carioca foi a primeira mulher a presidir a entidade em um século de história. A causa da morte não foi divulgada. 

Nascida em 1937, ela é formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e, segundo o site da ABL, foi a primeira mulher no mundo a presidir uma academia literária.

São mais de 20 livros publicados, incluindo romances, contos, ensaios, discursos, crônicas e memórias - alguns deles traduzidos em mais de 30 países.

A autora premiada nacional e internacionalmente colaborou em diversos jornais e revistas literárias e foi correspondente no Brasil da revista "Mundo Nuevo", de Paris.

Seu primeiro romance foi publicado em 1961, ‘Guia-mapa de Gabriel Arcanjo’. Em 1972, lançou ‘A Casa da Paixão’, um de seus mais aclamados romances, vencedor do Prêmio Mário de Andrade.

Entre os reconhecimentos ao longo da carreira, destaques para o Prêmio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995 (primeira vez dado a uma mulher e para um autor de língua portuguesa); o Bienal Nestlé, categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991, e o da APCA e o Prêmio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance “A República dos Sonhos”.

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Nélida foi titular da Cátedra Henry King Stanford em Humanidades, da Universidade de Miami, no período de 1990 a 2003 (ocupada anteriormente por Isaac Baschevis Singer, prêmio Nobel de Literatura de 1978).

Em 1998, foi a primeira mulher a receber o Doutor Honoris Causa da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha, 1998. As informações são do portal g1.

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