Érico Brás fala sobre importância da representatividade em "Mar do Sertão"

José Mion é jornalista, assessor de imprensa, apaixonado por Gastronomia e escreve para o Alô Alô Bahia.

Após seis anos, Érico Brás está de volta às novelas da Globo, com o personagem Eudoro Cidão na novela das 18h, "Mar do Sertão". Ao lado de outros colegas nordestinos, em torno de 20, inclusive baianos como Cyria Coentro e Felipe Velozo, o ator destacou a importância da representatividade.
 
"Isso é resultado de uma luta antiga e ainda não é o suficiente. Se você me perguntar, ainda vou dizer que há poucos negros. A gente nunca vai estar satisfeito, porque a equidade ainda não foi atingida na televisão e no cinema brasileiros. A gente não tem uma equiparação de percentual de pessoas que equivalem à quantidade de negros, de mulheres pretas e de gays que tem no Brasil nas obras", destacou, em entrevista à GQ Brasil.
 
O artista, cuja última participação em obra do gênero tinha sido em "A Lei do Amor", em 2016, celebrou, no entanto, a escolha do elenco da novela. "É uma vitória muito grande a gente ter um elenco nordestino, porque a gente traz, com esses atores, a propriedade do jeito de falar, de viver".
 
Recentemente, no Papo Preto, podcast produzido pelo Alma Preta, agência de jornalismo com temáticas sociais em parceria com o UOL Plural, o baiano havia reconhecido que, apesar das vitórias, a luta negra tem que mudar.
 
"A gente precisa fazer uma mudança de estratégia. A nossa luta está manjada, os brancos sambam em cima. A gente precisa viver o afrofuturismo que tanto falamos, ter a noção do que foi a nossa história no passado para vivermos no presente o que estamos desejando para o futuro", disse.
 
Foto: Divulgação/Ronald Santos Cruz. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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