Entidades e políticos lamentam assassinatos de indigenista e de jornalista inglês que vivia em Salvador

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Os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, que morava em Salvador com a sua esposa baiana, repercutiram em todo mundo durante esta quarta-feira (15). O crime foi confessado pelo suspeito Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como ‘Pelado’, que ajudou a polícia a encontrar partes humanas que estavam enterradas.

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA), movimento que representa os povos que habitam a região onde ocorreu o crime brutal, divulgou nota se solidarizando com as famílias das vítimas. “Nos solidarizamos com as famílias de Bruno e Dom, nossos parceiros, expressando o nosso pesar e profunda tristeza diante dessa perda. Para nós, povos indígenas do Vale do Javari, é uma perda inestimável”, divulgou a entidade.

O Greenpeace também publicou comunicado sobre o crime e falou sobre os desmandos na região. “Abandono e revolta. São esses os sentimentos que devastam todos nós que, daqui ou de fora da Amazônia, entregamos nossas vidas à defesa dessa floresta e de seus povos. Graças às ações e omissões de um governo comprometido com a economia da destruição, ficamos órfãos de dois grandes defensores da Amazônia e, ao mesmo tempo, reféns do crime organizado que hoje é soberano na região”, declarou Danicley de Aguiar, porta-voz do Greenpeace Brasil.

Políticos também expressaram seus sentimentos. Wilson Lima (PSC), governador do Amazonas, escreveu sobre o crime nas redes sociais: “Lamento profundamente o triste desfecho do caso do indigenista Bruno e do jornalista Dom. Minha solidariedade às famílias. Agradeço a todas as forças de segurança, em especial aos nossos homens do Corpo de Bombeiros e das Polícias Civil e Militar, que foram decisivos na busca”.

Durante evento em Uberlândia (MG), o ex-presidente e pré-candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também falou sobre o caso. “Triste, porque possivelmente a PF já tenha encontrado o corpo do indigenista e do jornalista no AM. Esse país não pode passar imagem para o exterior de que mata quem defende o meio ambiente. Vamos fazer um minuto de silêncio pelo Bruno e jornalista, esperar a perícia, para que eles tenham o descanso”, comentou.

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