Entenda o caso das araras que estão morrendo eletrocutadas no sertão baiano

No passado, as principais ameaças que a arara-azul-de-lear encontrava na região do Raso da Catarina, no sertão baiano, eram o tráfico de animais silvestres e a derrubada das palmeiras de licuri, sua fonte de alimentação. Hoje, o animal ameaçado de extinção tem um novo inimigo: o avanço do sistema de iluminação na região. De acordo com uma reportagem do site Uol, o contato das aves nativas com a fiação dos postes de energia da Neoenergia Coelba tem feito com que muitas sejam eletrocutadas.

O caso é grave. Só esse ano já foram duas encontradas mortas pela população local - a última delas na semana passada. Para se ter uma ideia, essa foi a quantidade de 2017 inteiro. No ano passado, de acordo com o projeto Jardins da Arara de Lear, pelo menos 20 aves morreram, o dobro do ano anterior.

Segundo relatório da ECO (Organização para Conservação do Meio Ambiente), existem quase 50 casos de morte de araras-azul-de-lear por eletroplessão (descarga elétrica) na região em cinco anos. Esses dados motivaram dois inquéritos civis do Ministério Público da Bahia, na 1ª Promotoria de Justiça de Euclides da Cunha e na Promotoria Ambiental de Paulo Afonso, para apurar as ocorrências nas cidades de Euclides da Cunha, Jeremoabo e Santa Brígida.

Depois de um ano e três meses de investigações, o órgão está para assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a distribuidora de energia para impedir que mais animais morram ao entrar em contato com os fios.

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