Engie Brasil vai investir R$ 10 bi em projetos de geração renovável até 2025

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A Engie Brasil, empresa líder em energia renovável do país, está investindo R$ 10 bilhões em três projetos no Brasil, dois de eólicas e um de solar, disse o presidente da empresa no país, Mauricio Bähr. Entre os eólicos, o de Santo Agostinho (RN) atinge metade da operação em agosto e deve chegar à totalidade no fim do ano, com capacidade de 434 megawatts (MW). Situado nos municípios de Lajes e Pedro Avelino, no Rio Grande do Norte, Santo Agostinho, quando concluído, terá 14 parques eólicos e um total de 70 aerogeradores.

“Somando com os outros projetos, a eólica da serra do Assuruá, na Bahia, e o Assu Sol, também no Rio Grande do Norte, teremos 2 mil MW total de capacidade nova instalada no Brasil", disse Bähr nesta quarta-feira (3). Os três projetos ainda vão consumir investimentos por mais dois anos, disse o presidente.

A Engie tem a meta de alcançar no mundo 50 GW de capacidade em renováveis até 2025 e a 80 GW em 2030. No Brasil, além dos três projetos, a companhia ainda busca quais serão os demais ativos renováveis a entrar no portfólio. “O Brasil é a Disneylândia das energias renováveis”, afirma Bähr.

O desafio para avançar em renováveis no país, diz o executivo, é a cadeia de suprimentos, já que muitos dos materiais para solares e eólicas são importados. “Existe dificuldade logística e outras questões quanto à tecnologia. Acreditamos que o Brasil tem mais capacidade de produzir pás eólicas, por exemplo. E caso o país não absorva essa capacidade fabril há possibilidade de exportar esses produtos.”

Projetos de hidrogênio verde e de eólicas offshore também estão nos planos da Engie para o Brasil. “Temos uma parceria com a Ocean Winds, junto com a EDP, dedicada a eólicas offshore. A Ocean Winds já atua em diversos lugares no mundo. Temos interesse em acompanhar o marco regulatório no Brasil e queremos ver como vai evoluir. Mas acreditamos que agora o momento é inicial, já que ainda há potencial para desenvolver em terra, que é mais barato. A médio e a longo prazos a eólica offshore ainda vai acontecer.”

O presidente da Engie no Brasil comentou também sobre os planos da companhia em linhas de transmissão, após arrematar um dos lotes no último leilão: “Estamos em fase de assinar contrato, na etapa final de avaliação do capital investido nos 10 mil quilômetros de linhas.” Sobre os próximos leilões, Bähr afirma que a companhia tem interesse em participar, mas não deu maiores detalhes.

O gerente de regulação da Engie Brasil, Leandro Xavier, disse que a geração da empresa no Brasil em 2022 correspondeu a 6% do total produzido no país. "Nosso portfólio no Brasil é 100% renovável", disse no Engie Day. Quanto à abertura do mercado elétrico, o executivo pontuou que a companhia se prepara há alguns anos e monitora novas oportunidades. “Ano que vem teremos a abertura para os consumidores de alta tensão. Queremos que isso chegue aos de baixa tensão logo também. Mas precisamos de uma regulação adequada.”


*Publicado por Naiana Ribeiro. Foto: ​Freepik.

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